Tuesday, July 15, 2014

Retração no consumo faz mercado de panificação revisar projeção para 2014

SÃO PAULO - A indústria brasileira de panificação e de confeitaria revisou suas projeções de crescimento para 2014, após registrar uma retração das vendas no primeiro semestre do ano, segundo a Sampapão - sigla usada para agregar o Sindicato e a Associação dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo e o Instituto do Desenvolvimento da Panificação e Confeitaria de São Paulo. A expectativa de registrar alta de 8,7% neste ano , mesma taxa contabilizada em 2013 pela Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), caiu para 5%, conta o presidente do Sampapão, Antero José Pereira. No ano passado, esse segmento faturou R$ 76,405 bilhões, conforme dados da Abip.
"Todos os setores estão sendo impactados pelo desaquecimento observado no consumo. Na época da Copa do Mundo, as vendas foram bem afetadas. Por isso, revimos as projeções para o ano", diz Antero José Pereira, em entrevista ao DCI. Para o executivo, porém, a queda não deve afetar a indústria nacional de equipamentos destinados para padarias, nem os fornecedores de matérias-primas, como no caso do trigo, pois a necessidade das padarias de investir no espaço de produção deve manter as vendas.
"No setor de panificação, a maioria dos parques industriais ainda segue obsoleto, o que evidencia a necessidade de investimentos dos empresários no local de produção", explica Pereira. "Os fabricantes de máquinas e equipamentos, portanto, seguirão vendendo diante da forte demanda", completa.
Outra grande oportunidade de negócios para os produtores de máquinas, segundo Pereira, está na comercialização de aparelhos voltados para as cadeias de frio, usadas para conservar por um maior período de tempo os alimentos produzidos pelas padarias e confeitarias, como no caso dos pães.
"Um dos grandes desafios do setor de padaria nos próximos anos consiste na utilização da sua cadeia de frio, ainda pouco desenvolvida", afirma Pereira. "Isso já é uma tendência no setor e deve ganhar cada vez mais espaço entre as empresas de panificação, o que gera outra grande oportunidade de negócios para a indústria de equipamentos", diz o executivo.
Já os fornecedores de matérias-primas podem elevar as vendas com a comercialização de misturas para a produção de pães especiais, como aqueles sem glúten, light ou com vários tipos de grãos, como a linhaça. "As panificadoras já contam com um bom portfólio de pães especiais e a procura por este item por parte dos consumidores também cresce. Além disso, eles têm um valor agregado maior", finaliza.
Diário Comercio Indústria & Serviços - 15/07/2014
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