Metso fecha contrato de € 800 milhões com CMPC

A Metso, uma das maiores fornecedoras globais de serviços e tecnologia à indústria de celulose e papel, assinou um contrato de mais de € 800 milhões com a CMPC Celulose Riograndense, controlada pela chilena CMPC, para fornecimento de tecnologia e equipamentos para a linha II da unidade Guaíba, no Rio Grande do Sul. A previsão é que a nova linha entre em operação no segundo trimestre de 2015.
Conforme a Metso, o valor total do contrato gira em torno de € 800 milhões a € 900 milhões, dos quais cerca de € 400 milhões são referentes a equipamentos e sistemas da própria companhia de origem finlandesa. O negócio será lançado na carteira de pedidos do segundo trimestre.
De acordo com o presidente da Metso Paper para a América do Sul, Celso Tacla, a assinatura do contrato com a CMPC consolida a empresa como fornecedora completa de linhas de produção de celulose. "Só não vamos entregar o pátio de madeira, que será fornecido por uma empresa local", disse o executivo ao Valor PRO, serviço em tempo real do Valor.
A linha II de Guaíba terá capacidade de produção de 1,3 milhão de toneladas por ano de celulose de eucalipto e poderá atingir 1,5 milhão de toneladas com pequenos aportes adicionais. O investimento total de R$ 4,9 bilhões, já em curso, resultará em uma fábrica quase quatro vezes maior do que a atual.
No país, a Metso já havia firmado contrato similar com a Suzano Papel e Celulose, que está construindo uma nova unidade de fibra de eucalipto no município de Imperatriz, no Maranhão. No ano passado, a empresa concluiu outro projeto, com a Eldorado Brasil Celulose, para a qual forneceu 40% da fábrica de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul.
"Com o contrato da Suzano, que vai até o fim deste ano, a operação brasileira foi a principal em termos de negócios da Metso em 2011", afirmou Tacla. "Em 2013, o país deve voltar a ocupar posição de destaque", completou o executivo.
Uma das novidades do projeto da CMPC, explicou Tacla, é o tamanho da unidade de evaporação, a maior do mundo. Em outros números, a Metso fornecerá 60 mil metros cúbicos de concreto (ou duas vezes o volume utilizado no estádio Maracanã), 6 mil toneladas de estruturas metálicas, 6 mil toneladas de aço para construção e 30 mil toneladas de equipamentos. No pico das obras, estima-se que cerca de 4 mil pessoas estarão envolvidas no projeto.