Monday, August 03, 2015

Marca do segmento faz planos para aumentar relevância

Essa demanda vai aparecer porque a expectativa é que a China consuma todo o mel produzido no planeta, o que deve desabastecer mercados como os Estados Unidos e Europa, grandes consumidores do produto. Aliado a esse cenário, o mel deve ganhar força por estar ligado ao conceito de alimentação saudável.

Segundo Pamplona, a oportunidade existe, principalmente, para os produtores profissionais – a indústria chega a ficar com a capacidade produtiva ociosa por falta do item. “Quem quiser investir em mel, abelha, além de ganhar dinheiro, vai surfar na oportunidade da falta de oferta no mercado internacional.” Ainda de acordo com o especialista, o apelo saudável é interessante, mas o setor tem o preço como principal barreira, influenciado pelos custos de produção e alta do dólar.

Negócios. Os Estados Unidos são o principal comprador do produto brasileiro. O presidente da associação destaca, ainda, que o mel brasileiro é bem visto no mercado por ser puro e livre de resíduos; as abelhas brasileiras são ‘africanizadas’, ou seja, mais resistentes e que não necessitam, por exemplo, do uso de medicamentos.

A empresa que começa a exportar, geralmente, faz as primeiras vendas a granel. Com o tempo, e ao conquistar a confiança dos compradores, o empreendimento pode começar a estampar o rótulo do produto com a sua marca e, dessa maneira, agregar valor ao negócio. É o que faz a Novo Mel, empresa do próprio Pamplona. Ele exporta de 20% a 30% da produção.

“A gente escolheu essa estratégia para ter o produto com a nossa marca e não depender do preço internacional. A gente depende do dólar, sim, mas temos um preço fixado porque dominamos o código de barras e vendemos para o consumidor final”, explica Pamplona, que pretende, inclusive, crescer 30% este ano.

Tradição. A família do empresário Daniel Henrique Breyer tem tradição no setor. Antes de montar a empresa que leva o sobrenome da família, o avô de Daniel tinha uma escola de apicultura e fundou o negócio, em 1980, por conta de um produto a base de própolis que ele desenvolveu. O mel começou a ser exportado em 2001 e hoje é o carro-chefe do empreendimento. As exportações representam 80% do faturamento da Breyer, que cresceu em média 10% ao ano nos últimos cinco anos. “A conjuntura econômica que a gente tem percebido no mundo e no Brasil não está boa. O mercado tem se comportado de maneira atípica, mas ainda assim temos perspectiva de crescimento”, afirma Daniel, que é diretor administrativo; o pai dele, Henrique, é o presidente da companhia. “O maior desafio que o Brasil tem hoje é aumento da produção e profissionalismo no campo”, diz Daniel.

:: Desafio é aumentar produção ::
País precisa de profissionalismo para produzir com qualidade e investimento em mecanização para aumentar produtividade

Oportunidade
Quem quiser investir no setor vai encontrar espaço na produção de mel. A indústria tem operado com capacidade ociosa.

Qualidade
Por causa das abelhas resistentes e que não necessitam de remédios, o mel brasileiro é valorizado no mercado internacional.

Potencial
Expectativa é que a demanda pelo mel cresça com o aumento da demanda na China, o que restringirá o acesso de outros países.

Valor
Em geral, as empresas começam exportar a granel e depois passam a estampar a marca nos seus rótulos.
O Estado de S Paulo
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