Monday, May 19, 2014

Mercedes-Benz registra reação de vendas

“Estamos sem duvida em momento difícil e atípico no mercado de caminhões, por isso está difícil fazer qualquer previsão, mas devemos manter as vendas ainda em média elevada em relação à década passada.” Assim Philipp Shiemer, presidente da Mercedes-Benz Brasil e América Latina, avalia o desempenho atual das vendas de comerciais pesados no País. Na dúvida, ele mantém a projeção de queda em torno de 10% este ano, mas admite que o cenário já melhorou depois que o governo tomou medidas para destravar os financiamentos pelo Finame/PSI, do BNDES. “Não existe mais problema de Finame, agora o que falta é a economia crescer, pois o negócio de caminhões está intimamente atrelado ao avanço do PIB”, destaca o executivo.
Schiemer aposta em um mercado de 135 mil caminhões este ano, o que deixaria a média desde 2010 em 152 mil unidades/ano, o que está bastante adiante da média de 78 mil nos anos 2000 e de 45 mil na década de 1990. “Não é ruim, poderia ser pior, mas está abaixo do potencial de crescimento do Brasil”, avalia.
Apesar da retração jpa praticamente estabelecida para este ano, Schiemer ressalta que há diversos fatores que garantem o crescimento futuro das vendas de caminhões no País. Ele destaca os setores do agronegócio, construção civil, atacadista e varejista como os principais impulsores do mercado nos próximos anos. “Também devemos considerar que a idade da frota brasileira de caminhões é elevada e um dia deveremos ter um plano de renovação”, diz. Segundo calcula o executivo, um programa de renovação poderia aumentar o mercado entre 20 mil e 30 mil unidades/ano.
“Não estamos desanimados, acreditamos que o mercado de caminhões tem potencial elevado aqui. As licitações de portos, aeroportos e estradas devem trazer mais negócios”, afirma. “O governo acertou ao tomar medidas para adequar os financiamentos do Finame. Mas isso vem depois da decisão de compra, e isso só acontece quando a economia cresce. Infelizmente, o País está crescendo abaixo do que precisa”, resume.
Segundo Gilson Mansur, diretor de vendas e marketing da Mercedes-Benz, as vendas já começaram a se aquecer após as medidas que destravaram as concessões do Finame. “Após um primeiro trimestre muito fraco, já houve uma reação este mês. Agora o Finame não é mais desculpara para não vender”, diz.

Mercedes-Benz lança pacote Econfort
Novidades entram nos pesados Actros e Axor e semipesado Atego
A Mercedes-Benz incorpora a partir de julho em suas linhas de caminhões pesados e semipesados o pacote Econfort, que agrega diversas novas tecnologias para aumentar a economia de combustível e conforto do motorista a bordo. A oferta é o primeiro fruto de investimentos prometidos de R$ 300 milhões que o fabricante faz no período 2014-2015 para incluir novas tecnologias às suas famílias de veículos comerciais.
“Ao todo são 40 novidades que serão lançadas até julho nas linhas Actros, Axor e Atego, com o objetivo de oferecer o melhor TCO (custo total de propriedade, na sigla em inglês) do mercado, com redução de consumo e dos intervalos de manutenção”, explica Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz Brasil e América Latina. Existem alguns equipamentos opcionais, mas a maioria do pacote Econfort será incluído nos caminhões sem elevações dos preços praticados atualmente. “Precisamos ter tudo que a concorrência tem pelo mesmo valor ou até menos quando possível”, explica Gilson Mansur, diretor de vendas e marketing de caminhões da marca no País.
O modelo topo de linha extrapesado Actros, por já ser bastante completo, foi o que menos incorporou itens do Econfort. A principal novidade são os novos eixos HL6 e HL8 sem redução no cubo de roda, o que reduz o arrasto e pode reduzir o consumo de combustível em até 3%, dependendo do tipo de operação. A novidade também diminui o custo de manutenção com aumento de 50% no intervalo de trocas de óleo, que subiu de 120 mil para 180 mil quilômetros.
O ar-condicionado noturno e a cabine “megaspace” são os atributos para tornar mais confortável a vida do motorista rotas longas, algo que vem se tornando estratégico para a maior parte dos transportadores – com a falta de profissionais enfrentada atualmente, sai na frente das contratações quem oferece caminhões mais confortáveis.
Os pesados Axor também incorporam vários itens do Econfort. Entre os principais estão a suspensão a ar da cabine (outra solução para tornar as viagens mais confortáveis), os novos eixos, interior renovado e o câmbio automatizado Powershift reprogramado. Segundo a Mercedes, com o novo software projetado exclusivamente para as condições das estradas brasileiras, as trocas de marchas ficaram 10% mais rápidas. Trabalhando em conjuntos com os novos eixos, a redução de consumo pode chegar a mais de 5%. Como opcional, o Axor também pode incorporar suspensão traseira pneumática. “Com esse pacote, na verdade estamos relançando o Axor”, diz Schiemer.
Por fim, o semipesado Atego 2430 é o modelo que mais ganhou eficiência com o pacote Econfort. A cabine leito ficou significativamente mais confortável para os pernoites com uma cama king size (também introduzida no Actros e Axor). Com os novos eixos e o câmbio Powershift, segundo a Mercedes o caminhão agora tem o maior torque de seu segmento, e assim pode transportar 453 quilos a mais do que o concorrente mais próximo.
A Mercedes-Benz também destaca a oferta do sistema Fleetboard para a linha de caminhões a partir do segundo semestre. O equipamento inclui rastreamento com bloqueador integrado à eletrônica do veículo, geração de relatório individualizado de desempenho por motorista e diagnóstico de problemas à distância (telediagnóstico). A montadora promete que os custos operacionais podem ser reduzidos em até 15% com o uso da telemática.
Guia do Transportador - 16/05/2014
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