Vendas de importados recuam 22,6% em maio

As vendas de carros importados, relativas a marcas sem fábrica no Brasil, voltaram a ter queda no mês passado. Dessa vez, o recuo foi de 22,6% em relação ao mesmo período de 2012. Na comparação com abril, houve queda de 13,6% nos emplacamentos, segundo balanço da Abeiva, entidade que reúne as empresas importadoras de veículos. No total, foram vendidos 9,6 mil carros importados em maio, o que leva o volume acumulado no ano para 44,9 mil unidades, uma queda de 24,9%.
Na esteira do fraco desempenho, a Abeiva reduziu para cerca de 130 mil carros a previsão de vendas em 2013, o que significa apenas repetir o volume de 2012. A previsão anterior apontava para um volume próximo a 150 mil unidades este ano, levando-se em conta que as marcas receberam cotas para importar automóveis sem a sobretaxa de 30 pontos percentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), aplicada desde dezembro de 2011.
Em um ano, a participação das marcas sem fábrica no Brasil, afetadas por essa restrição, caiu de 4,6% para 3,2% no total de carros vendidos no país. Apesar disso, Marcel Visconde, vice-presidente da Abeiva, avaliou ontem que o setor já passou pela fase mais aguda da crise e a tendência, para o segundo semestre, é de recuperação. "O pior já passou", disse o executivo.
Como já vinha acontecendo nos meses anteriores, muitas das grifes do segmento premium, como Audi, BMW e Land Rover, tiveram desempenho positivo em maio, porém, insuficiente para compensar o declínio das marcas de maior escala. A Kia Motors, que tem o maior volume entre as associadas da Abeiva, teve, na comparação anual, queda de 37,5% nas vendas, com um total de 2,6 mil carros no mês passado.