Tuesday, May 21, 2013

Tinta, agora, seca rápido e não tem cheiro

As novas tecnologias em pintura, mais do que um colorido novo, protegem três vezes mais contra o mofo, combatem bactérias da parede, secam rapidamente e não têm odor. Os investimentos em inovação representam, em média, 2% a 3% do faturamento da indústria.
Mas o crescimento das vendas ainda não foi suficiente para colocar o Brasil em pé de igualdade com países da Europa e os EUA. "O consumo per capita de tintas imobiliárias no país é de cinco litros e meio por habitante ao ano, enquanto nos EUA está ao redor de 15 litros e, na Europa, de 18 litros", afirma Dilson Ferreira, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati).
Justamente por ser um mercado com muito a ser explorado, as companhias investem firme no Brasil. Pouco mais de 60% do faturamento do setor são provenientes das tintas usadas na construção civil. "Em 2012, a receita global alcançou US$ 4,28 bilhões. Em volume, as vendas atingiram 1,398 bilhão de litros, dos quais 1,1 bilhão de litros foi destinado ao setor imobiliário, gerando US$ 2,7 bilhões. Em 2013, a receita do setor deve crescer entre 2% e 3%", estima.
A Basf, líder mundial e dona das marcas Suvinil e Glasurit, prevê aumento das vendas acima do mercado. "A Basf investe R$ 100 milhões, em média, por ano, em P&D. Temos um departamento e um laboratório dedicados à inovação", conta Camila Lourencini, gerente de inovação da Suvinil. Em 2011, a companhia lançou a tinta com tecnologia antibactericida, ação antimofo e sem cheiro. "A duração antibactericida é de dois anos", diz. No ano passado, a empresa lançou a "Suvinil banheiros e cozinhas" voltada para paredes e cobertura de azulejos.
A companhia deverá anunciar, em julho, quatro lançamentos, dois para aplicação em paredes e dois para madeiras, metais e alvenaria. "Cerca de 72% do nosso faturamento em 2012 foram provenientes dos produtos lançados e relançados nos últimos cinco anos", acrescenta Mário Lavacca, gerente de inovação da Suvinil.
A Akzo Nobel, que fabrica a marca Coral, já abocanhou uma boa fatia da receita gerada pelos produtos mais sofisticados. "Do total do faturamento, entre 30% e 40% são provenientes dos produtos de alta tecnologia. Em 2012, o crescimento das vendas ficou na casa de dois dígitos, devendo se repetir neste ano", diz Jaap Kuiper, presidente da Tintas Coral.
A detém 27% do mercado em volume. "Nossa meta é atingir 35% em três a quatro anos. O mercado é promissor e os investimentos em inovação somam R$ 70 milhões por ano", diz. Em fins de 2012, a Coral fez três lançamentos, mas a "menina dos olhos" foi a "Coral 3 em 1". "Essa tinta protege até três vezes mais contra mofo em comparação às tintas convencionais; tem uma tecnologia antibactericida e não tem cheiro. É o produto que mais cresce na companhia", afirma Benito Berretta, diretor de marketing da Tintas Coral.
David Ivy Junior, diretor de marketing da Sherwin-Williams, diz que as tintas estão ocupando um novo lugar dentro do setor imobiliário. "Produtos que antigamente tinham como função apenas embelezar o ambiente, hoje atuam como protetor, ou seja, são tintas funcionais", afirma. Há cerca de um mês, a Sherwin lançou a linha "SW Ultra Proteção", com duração 25% superior às convencionais, de acordo com o diretor. "A Ultra Proteção é uma opção para estabelecimentos comerciais, empresas de pequeno a médio porte e outros locais com grande fluxo de pessoas", afirma. "Essa tecnologia oferece alto grau de durabilidade e proteção, reduzindo os custos com pintura e repintura", diz Ivy Junior.
As vendas da Sherwin-Williams cresceram 5% sobre o ano anterior em volume, e para 2013 a previsão é de alta de 7%. (RC)
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