Thursday, May 23, 2013

Setor ensaia recuperação e cresce 4% até abril, diz Anip

Depois de dois anos seguidos de queda, a indústria de pneus dá sinais de recuperação em 2013, no embalo do crescimento das vendas de veículos. De janeiro a abril, a produção de pneumáticos no país subiu 4%, na comparação anual, chegando a 22,3 milhões de unidades, segundo levantamento da Anip, a entidade que representa o setor. Já as vendas cresceram 6,9%, para 23,9 milhões de pneus nos quatro primeiros meses do ano.
Contribuiu para o desempenho o avanço de 17% na produção das montadoras, como resultado da retomada das vendas de caminhões e do crescimento de quase 9% nos emplacamentos de carros com a manutenção dos descontos no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "A redução do IPI tem ajudado bastante", afirma o presidente da Anip, Alberto Mayer, que prevê um crescimento de 5% da produção de pneus neste ano, para um volume de aproximadamente 66 milhões de unidades. Segundo a associação, o setor abriu 744 postos de trabalho neste ano, ampliando o quadro de funcionários diretos das empresas para 26,9 mil contratados.
A maior demanda das montadoras, contudo, tem sido parcialmente compensada pela entrada mais agressiva de importados, além de perdas em mercados no exterior. Enquanto as importações subiram 25,5% no primeiro quadrimestre - para 9,7 milhões de pneus -, as exportações, na direção oposta, mostraram queda de 10,6%, somando 4,3 milhões de unidades no período.
Segundo o balanço da Anip, as importações da China - principal origem, com mais da metade do total importado - crescem 16,5% neste ano, para pouco mais de 5 milhões de pneus até abril.
Na guerra contra os importados, o setor cobra do governo medidas como maior fiscalização sobre produtos de baixa qualidade ou que chegam ao país de forma irregular, além de celeridade em processos antidumping. Nos últimos dois anos, a indústria de pneus brasileira acumulou queda de 6,8%, fechando 2012 com 62,7 milhões de unidades produzidas. "Estamos vendo o que é possível sugerir [ao governo] para melhorar a competitividade", diz Mayer.
"A indústria de pneus detém tecnologia de última geração, fabrica produtos adequados às condições brasileiras e vinha contribuindo com saldo positivo para a balança comercial. Mas nos dois últimos anos a situação se inverteu, devido ao aumento de custos no Brasil e à competição desigual com os importados", acrescenta.
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