Thursday, April 12, 2018

Setor automotivo terá um novo regime, garante ministro

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, assegurou que, como em anos anteriores, o setor automotivo terá um regime de incentivos, o Rota 2030. Segundo ele, o programa está quase pronto e foi desenhado para evitar problemas com a Organização Mundial do Comércio (OMC), como aconteceu com o regime anterior, o Inovar-Auto, que foi questionado por diversos países no organismo.
"Não há risco, porque as regras serão as mesmas tanto para importadores como para a produção nacional. O Rota foi desenhado para que não haja qualquer tipo de restrição às importações automotivas" disse o ministro ao GLOBO.
Sem entrar em detalhes, Marcos Jorge disse que as discussões estão em fase de maturação e que caberá ao presidente Michel Temer fazer o anúncio. Segundo ele, as novas regras estão sendo fechadas.
"O setor automotivo terá um regime. O próprio presidente da República já disse isso".
Ao mencionar Michel Temer, o ministro se referia a uma declaração feita pelo presidente na última terça-feira. Temer afirmou que pretende fechar o Rota 2030 até maio.
Entre as novidades que o Rota 2030 deve trazer está a concessão de incentivos à produção de carros mais econômicos e ambientalmente corretos, como veículos elétricos e híbridos, e o aumento da segurança dos automóveis. Porém, segundo fontes, o regime ainda não saiu, porque há divergências entre os ministérios de Indústria e da Fazenda em torno da renúncia fiscal estimada em R$ 1,5 bilhão ao ano.
Aço
Marcos Jorge, que tomou posse nesta terça-feira junto com outros nove ministros em solenidade no Palácio do Planalto, é um dos negociadores do governo brasileiro para a exclusão definitiva do Brasil das sobretaxas de aço e alumínio, de 25% e 10%, aplicadas às importações realizadas pelos Estados Unidos. Ele disse não acreditar na hipótese de serem adotadas quotas ou outro tipo de restrição.
"Estamos com a expectativa que não teremos nenhum tipo de imposição às exportações de aço do Brasil. Nós temos um comércio complementar. O produto que exportamos é um aço semiacabado, que entra para a indústria americana. E temos também um fator relevante: somos o principal importador de carvão dos EUA. Nossos mercados são complementares" afirmou.
O Globo - 12/04/2018
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