Rio de Janeiro - Pequenas porções de salgados e minifábricas estratégicas. Esse é o pilar da Mordidela, rede de lanchonetes presente em dez estados e que estreia em terras fluminenses com três franquias.
Com dois anos de existência, a empresa só chega agora ao Rio por questões logísticas. A inauguração de uma segunda unidade fabril em São José dos Campos (SP) foi o que possibilitou o plano de expansão fluminense. "Precisávamos de capacidade de produção, pois o Estado do Rio terá uma demanda forte e sem a fábrica não teríamos capacidade produtiva para abastecer os franqueados", explica o presidente da Mordidela, Bruno Zanetti.
Os planos para o Rio, porém, também incluem uma fábrica (que funciona como franquia). A rede já fechou três contratos para unidades em Resende, Rio das Ostras e Mesquita, e pretende totalizar 15 unidades só este mês na capital (como Méier, Madureira e Jacarepaguá)e região metropolitana (São Gonçalo).
A meta é chegar a 100 unidades em todo o estado em dois anos. Para tal, a empresa já negocia com um franqueado máster a instalação de uma nova minifábrica na Região Metropolitana do Rio.
"Trabalhamos essas pequenas plantas fabris para ter quantidade de produção reduzida e melhor atendimento e logística, pois meu fabricante também é franqueado. Muito provavelmente abriremos uma fábrica no Rio no ano que vem", avisa Zanetti.
As duas unidades atuais produzem, em média, 400 toneladas de produtos por mês e atendem até 40 franquias, cada. Além da fábrica no Rio, a Mordidela terá duas novas no Paraná e em Minas Gerais.
O cardápio da Mordidela segue o conceito de finger food. São pequenas porções de petiscos, desde as populares coxinhas, bolinhas de queijo e quibes, até paletas mexicanas e açaí com granola.
"São pequenas porções com preços reduzidos. Vendemos produtos das classes A e B para as classes C e D. Mesmo com a crise, o brasileiro não diminuiu o consumo de produtos fora do lar, só reduziu o tíquete médio. Nada mais adequado ao negócio, pois aliamos qualidade com porção certa e preço justo", valoriza o empresário.
Para as metas no estado (até o fim do ano espera ter 30 pontos de venda), a empresa investe cerca de R$ 200 mil. Os modelos de franquia, por sua vez, exigem investimento mínimo inicial de R$ 80 mil para unidades de rua com 16 m².
Custo operacional
A companhia projeta faturamento médio de R$ 30 mil mensais, com lucro estimado em 25% e prazo de retorno em até 12 meses. O grande apelo é o baixo custo operacional, já que nesse modelo de franquia são necessários dois funcionários. "Trabalhamos com lojas até 40 m², mas temos planos de desenvolvimento de pequenos espaços, de 10 m², para estações de metrô do Rio, por exemplo. A unidade dentro do Mercadão de Madureira foi adaptada para este modelo", conta Zanetti.
DCI - 21/10/2016
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