Wednesday, August 26, 2015

Cooxupé diversifica e aposta em cosméticos

Fruto de uma parceria entre a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) e a Aqia Química Industrial, surge a joint venture Aqia Coffee para produção de cosméticos a partir dos subprodutos do café.
Lançada ontem (25) na capital paulista, esta é a nova aposta da maior cooperativa do setor no mundo. Em princípio serão fornecidos óleo, torta e torta torrada de café, provenientes de 100 sacas mensais da commodity.
"Nossa receita nesse empreendimento será muito pequena, cerca de R$ 50 mil por mês, mas acreditamos que haverá uma grande aceitação destes produtos no mercado mais para frente", diz a jornalistas o presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino. Além disso, a cooperativa ainda terá uma participação lucrativa nas vendas dos cosméticos, estabelecida por um contrato de exclusividade.
Paulino conta que a companhia levou cerca de cinco anos de trabalho com pesquisa para identificar as propriedades do café que pudessem ser utilizadas no ramo cosmético. Para tanto, houve um investimento médio de R$ 5 milhões.
Do outro lado, o presidente da Aqia Química, Alaor Pereira Lino, destaca que há um plano de investimentos até 2020, cujo primeiro montante referente a 2015 chega a R$ 18 milhões.
A joint venture Aqia Coffee, terá sete componentes, que poderão ser utilizados na indústria de cosméticos, farmacêutica e alimentícia.
Visão de negócios
Durante o evento também estavam presentes companhias interessados no lançamento internacional dos produtos. É o caso das sócias da Joy Importadora e Exportadora, Cláudia Ribeiro e Andrea Saad.
"Andamos sondando o mercado lá fora e este tipo de cosmético livre de certos agentes químicos parece bem inovador. A Europa tem grande interesse. Queremos aproveitar nossos contatos internacionais", afirmam as executivas.
No entanto, ainda faltam definições referentes a custos para os embarques, de fato.
Safra brasileira
O presidente da Cooxupé confirmou que a colheita de café arábica em 2015/ 2016 na área de atuação da cooperativa será menor. "Haverá uma quebra de safra, mas ainda é difícil dizer de quanto será a queda".
Segundo ele, por causa do clima menos favorável o percentual de grãos miúdos cresceu. A colheita de arábica apresenta 22% de grãos da chamada peneira 17/18, mais valorizados. Em anos anteriores, café com esta classificação representava 30% da safra.
"O problema principal não foi a seca, mas temperaturas muito altas em dezembro do ano passado e janeiro deste ano", explica. Até nas áreas do cerrado, onde há irrigação, foi identificado o problema.
DCI
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