Wednesday, April 01, 2015

Supermercados faturam R$ 294,9 bi em 2014

O varejo supermercadista brasileiro registrou alta real de 1,8% no faturamento em 2014, alcançando receita de R$ 294,9 bilhões no ano. No setor, o grupo das vinte maiores empresas cresceu de forma mais acelerada que a média. Juntas, elas tiveram alta de 10% no faturamento: R$ 189,4 bilhões.

De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que divulgou nesta terça-feira o Ranking 2015 das maiores redes, o grupo das cinco maiores empresas do setor se mantém inalterado, liderado pelo Grupo Pão de Açúcar (GPA), na contagem que inclui as operações de varejo também as de eletroeletrônicos.

Apesar disso, se for considerado apenas o faturamento informado para o braço de varejo alimentar do GPA, a companhia muda de posição e volta a ocupar o segundo lugar, atrás do Carrefour. Walmart, Cencosud e Zaffari completam o grupo de líderes, que juntos tiveram faturamento de R$ 153,9 bilhões no ano.

Para 2015
A Abras acredita que este ano terá um menor ritmo de expansão das redes varejistas. O presidente do conselho consultivo da entidade, Sussumu Honda, considera que 2014 foi um ano forte em investimentos em lojas novas e que em 2015 as companhias devem se concentrar em buscar ganhos de produtividade.

Em 2014, as vinte maiores cadeias supermercadistas do Brasil saíram de 3,6 mil lojas em funcionamento para 5,53 mil. Embora os líderes Carrefour e Grupo Pão de Açúcar ainda falem em manter investimentos em expansão este ano, a Abras acredita que o setor tenderá a desacelerar.

Honda considera ainda que a nova realidade também pode ter impacto no cenário de empregos do setor. "O ciclo de criação de empregos na área formal não se esgotou, mas o que estamos vendo na indústria será refletido também no setor de serviços", diz.

Para ele, se não tem um processo de expansão tão forte, o investimento vai começar a partir para esse aspecto em vez de estar voltado para admissão de novos funcionários.

Inflação e vendas
Até o momento, a Abras mantém a projeção de crescimento de 2% real nas vendas do setor ao longo deste ano. "Tivemos mitos dados recentes revelando deterioração da economia, mas ainda vamos aguardar antes de revisar esse número", ressaltou Sussumu Honda, durante o anúncio do Ranking.

Para o executivo, a desvalorização do real ante ao dólar e os aumentos dos impostos em diferentes setores são questões que têm elevado os preços dos produtos nas gôndolas. "O ciclo de crescimento desde 2005 agora se enfraquece. Assim, temos muitos desafios, mas vemos que o brasileiro tende a reduzir gastos em outros segmentos e manter o consumo no varejo alimentar", espera.

Desempenho
Em fevereiro, as vendas acumularam 1,93%, ante ao mesmo período de 2014. Em valores reais do IPCA/IBGE, houve queda de -7,64% na comparação com o mês de janeiro e alta de 0,35% em relação ao mesmo mês do ano de 2014.

Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram queda de -6,51% em relação ao mês anterior e, quando comparadas a fevereiro de 2014, alta de 8,08%. A maior alta foi puxadas por cebola, com 18,84%. A maior baixa foi impulsionada pela venda de batatas: queda de 11%.
DCI
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