Wednesday, November 18, 2015

Venda de papelão aprofunda queda no 2º semestre

As vendas de papelão ondulado aprofundaram o declínio na comparação anual a partir de julho e essa tendência deve se manter até o fim do ano, de acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), Sergio Ribas. Diante disso, a entidade revisou a projeção para o desempenho no acumulado de 2015 para retração de 3,5%, frente a queda de 2,5% esperada anteriormente.
"É um desempenho mais ou menos em linha com o PIB [Produto Interno Bruto], afinal o papelão ondulado embala a maior parte dos produtos", afirmou o vice-presidente da entidade.
No mês passado, as vendas de papelão ondulado, segundo dados preliminares da ABPO, caíram 4,42% frente a outubro de 2014, para 302,141 mil toneladas. Em setembro, na mesma base de comparação, o declínio havia sido de 4,47%.
No acumulado de janeiro a outubro, o volume expedido de papelão ondulado, um importante indicador do nível de atividade econômica, totalizou 2,771 milhões de toneladas, com queda de 3,33%. "É um nível de venda razoavelmente interessante se considerarmos as condições de mercado", ponderou.
Na indústria de embalagens, considerando-se também vidro, madeira, plásticos e outros tipos de papéis, a expectativa é a de queda de 3% na produção física neste ano, segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) elaborado para a Associação Brasileira de Embalagem (Abre). No início do ano, a previsão era a de queda mais suave, de até 1,5%.
Para 2016, conforme Ribas, ainda não é possível estabelecer uma previsão de desempenho. Porém, há margem para que as vendas mostrem alguma recuperação frente a este ano diante do novo patamar do câmbio, que reduz as importações e, consequentemente, a entrada de produtos já embalados no país.
"O câmbio também favorece os nossos clientes na ponta das exportações, como no caso dos frigoríficos, por exemplo", explicou. Apesar da expectativa de reação, 2016 tende a ser mais um ano "difícil" em termos de demanda e resultados para os produtores de papelão.
Pressionada pela elevação dos custos com mão de obra, energia e insumos, a indústria tem se esforçado para repassar esse aumento ao preço final com vistas a recompor margens. "Essa recomposição é uma questão de saúde financeira", ressaltou o vice-presidente da ABPO. A entidade, porém, não fornece informações sobre índices de reajuste de suas associadas.
Valor Economico
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