Thursday, May 22, 2014

Setor Automotivo - A montadora prevê que segmento de luxo some 60 mil unidades este ano

O momento é de baixa no setor automotivo brasileiro, mas não para as marcas de luxo. Além dos números oficiais, que comprovam o aumento das vendas do segmento, as próprias montadoras comemoram os resultados. "O ano começou difícil, mas o mercado premium está crescendo como imaginávamos", afirmou ao DCI o diretor de comunicação corporativa e relações institucionais da Mercedes-Benz do Brasil, Luiz Carlos Moraes.
O executivo destaca ainda que este segmento irá registrar índices de crescimento significativos nos próximos anos. "O mercado de automóveis premium deve atingir 60 mil unidades neste ano e, no longo prazo, deve crescer ainda mais", ressalta Moraes. "Não estamos sentindo a desaceleração do mercado", acrescenta.
A companhia alemã não produz veículos de passeio no País desde 2006, quando a planta de Juiz de Fora (MG) foi transformada em uma linha exclusiva para caminhões. A justificativa foi a demanda insuficiente no mercado nacional.
Porém, com as regras do novo regime automotivo, instituídas em meados de maio de 2012, os carros importados passaram a ser taxados em 30 pontos percentuais em cima do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), o que derrubou as vendas da montadora no País.
Para se ter uma ideia, os licenciamentos de carros da Mercedes, em 2011, totalizaram 9,34 mil unidades. No ano seguinte, fecharam em 5,8 mil unidades, um declínio de 37,6%.
Por esse motivo, o Inovar-Auto impulsionou a decisão da Mercedes de voltar a fabricar carros no País. Em outubro do ano passado, a montadora anunciou a nova fábrica no Brasil, que será localizada em Iracemápolis, no interior de São Paulo, e deve começar a operar em 2016. Na ocasião, o CEO global da Mercedes, Andreas Renschler, afirmou que a decisão leva em conta muito mais do que o mercado de curto prazo. "Confiamos no futuro do País, daí a decisão de produzir veículos de passeio", disse o executivo.
Segundo estudos de mercado, o segmento de automóveis de luxo deve crescer, no mínimo, cerca de 12% ao ano, enquanto a média geral do setor deve ser de um incremento em torno de 3% nos próximos anos.
No entanto, a questão do crédito não deixa de preocupar a Mercedes, ainda que possa parecer que o consumidor que compra um veículo da grife não possui problemas de dinheiro.
"O cliente Mercedes também compra financiado", pondera Moraes. Em menor grau, o aperto ao financiamento para a compra de veículos afeta, sim, o público-alvo da montadora alemã. "Se o crédito aumentar, nossas vendas podem crescer", explica o executivo, que ressalta. "Se o sistema bancário conseguir achar uma forma de alavancar o crédito, também poderemos nos beneficiar", finaliza.
Diário Comércio Indústria e Serviços – 22/05/2014
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