Thursday, August 01, 2013

Lucro líquido da Ambev recua 1% no 2º trimestre

Apesar de ter mostrado queda no volume de vendas, com recuo de 1,1%, a Ambev conseguiu elevar a receita líquida em 9,9%.
A Ambev, maior cervejaria do Brasil, teve lucro líquido 1,1% menor no segundo trimestre ante igual período do ano passado, impactada por aumento em custo de produtos e despesas, no segundo trimestre consecutivo de queda no volume vendido.
O lucro líquido da companhia foi de R$ 1,88 bilhão entre abril e junho, com a geração de caixa medida pelo lucro antes de antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 3,21 bilhões, crescimento de 9,5% na comparação anual.
Analistas esperavam Ebitda em linha com o apresentado pela empresa, de R$ 3,23 bilhões. O lucro líquido, por outro lado, veio abaixo da estimativa de R$ 2,08 bilhões, segundo a média de estimativas recolhidas pela Reuters.
Apesar de ter mostrado queda no volume de vendas, com recuo de 1,1%, a Ambev conseguiu aumentar a receita líquida em 9,9% no mesmo período, para R$ 7,5 bilhões.
Para tanto, a companhia contou com aumento de preços dos produtos, refletido no crescimento de 11,1% na receita líquida por hectolitro.
Mas a estratégia não foi suficiente para a Ambev apresentar avanço no lucro trimestral, afetada por um aumento de 12,7% no custo dos produtos vendidos, além de um avanço de 14,8% nas despesas no trimestre, na esteira de maiores investimentos em vendas e marketing na Copa das Confederações, em junho.
No balanço, a companhia chamou a atenção para o desempenho de cervejas, cujo volume vendido no país recuou 0,4% entre abril e junho, contra mergulho de 8,2% no primeiro trimestre do ano, quando a empresa afirmou que via um ano difícil pela frente.
"Ainda há muito a ser feito, mas acreditamos que nossa decisão de reagir rapidamente e ajustar os planos para o ano direcionando nosso foco para nossa estratégia de embalagens está começando a se traduzir em melhores resultados para cerveja Brasil", disse a Ambev.
A Ambev acrescentou que espera que a indústria de cerveja no país encerre 2013 estável ou com queda de um dígito baixo. A companhia manteve as metas de crescimento de receita líquida por hectolitro de um dígito alto no ano e da manutenção das despesas abaixo da inflação.
"Adicionalmente, continuamos comprometidos a investir ao redor de R$ 3 bilhões no Brasil em 2013 para buscar as oportunidades de médio e longo-prazo que o mercado tem a oferecer", disse a empresa.
InBev
Já a Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, vendeu menos cerveja, mas fez mais dinheiro que o esperado no segundo trimestre apoiada em aumentos de preços que minimizaram o impacto de enfraquecimento do real e em melhora no desempenho nos Estados Unidos.
A companhia teve queda de 1,2% nas vendas em volume em comparação com o mesmo período do ano passado, mas a receita subiu 3,9% e a companhia reverteu declínio que já durava um ano de sua margem de lucro no Brasil e nos EUA.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 5,8%, para US$ 3,9 bilhões, superando ligeiramente expectativa média de analistas de US$ 3,78 bilhões.
Nos EUA, onde a companhia tem quase metade do mercado de cerveja, a receita cresceu graças a aumentos de preços promovidos no final de 2012 e desempenho positivo de novos produtos.
No Brasil, onde a empresa tem dois terços do mercado, a unidade AmBev teve um segundo trimestre consecutivo de queda nos volumes de vendas, um modesto recuo de 0,4% ante queda de 8,2% no primeiro trimestre. A unidade, divulgou nesta quarta-feira lucro líquido de R$ 1,88 bilhão para o segundo trimestre, queda anual de 1,1%.
A InBev informou que foi beneficiada pelo clima e pela Copa das Confederações no Brasil, que adicionaram cerca de 30 milhões de litros.
O vice-presidente financeiro, Felipe Dutra, disse que o evento serviu como bom teste para a Copa do Mundo do próximo ano no país, quando o impulso aos volumes pode ser quatro vezes maior.
31/07/2013
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