SÃO PAULO - A Bunge, uma das maiores tradings globais, registrou um lucro líquido de US$ 136 milhões no segundo trimestre de 2013, encerrado em 30 de junho. O valor representa uma queda de 50,3% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, quando a companhia havia lucrado US$ 274 milhões. Por ação, o lucro totalizou US$ 0,75, ante os US$ 1,78 de um ano atrás.
Já a receita de vendas da múlti subiu 6,8%, para US$ 15,49 bilhões. No entanto, analistas consultados pela agência Thomson Reuters esperavam um número ainda maior, de US$ 15,81 bilhões, em média, além de um lucro de US$ 1,34 por ação.
As vendas no segmento de agronegócio, a maior fonte de receita da Bunge, cresceram 9,3% no período, para US$ 11,56 bilhões. Já as vendas do negócio de açúcar e bioenergia recuaram 13%, a US$ 939 milhões.
O lucro antes de juros e impostos somou US$ 239 milhões no segundo trimestre, queda de 15,5% ou US$ 44 milhões na comparação com o mesmo intervalo do ano passado.
Entre os motivos para o resultado mais enxuto, a Bunge cita a continuidade dos impactos da seca que atingiu os EUA em meados do ano passado e derrubou a colheita da temporada 2012/13. As exportações americanas de grãos se enfraqueceram por conta da estiagem, o que cortou as vendas de milho, segundo a companhia.
Por outro lado, a múlti destacou que o desempenho no Brasil compensou as dificuldades enfrentadas no Hemisfério Norte. “As fortes margens e volumes de venda em nossas operações brasileiras foram o principal motor dos resultados no trimestre”, disse a empresa, em nota.
Na avaliação do CEO Soren Schroder, o primeiro semestre de 2013 foi “de maneira geral, como o esperado”. No entanto, a Bunge decidiu cortar US$ 200 milhões em gastos de capital este ano, que agora ficarão em US$ 1 bilhão, e iniciará uma revisão nos planos para 2014. "Projetos que melhorem mais imediatamente a eficiência e a competitividade, e que gerem retorno mais rápido, serão prioridades para a Bunge", afirmou.
Valor Econômico - 25/07/2013
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