Monday, July 15, 2013

GPS de montadora sob ameaça

Caros e com mapas desatualizados, os dispositivos de navegação de fábrica perdem mercado para aplicativos de smartphones, com informações e rotas em tempo real. Um deles é o Waze, que funciona como uma rede social Tim Nixon, COO do serviço OnStar da General Motors, sabia que algo estava errado quando viu seus filhos retirando a ventosa que prendia o GPS no carro. Eles pretendiam furar seus iPhones e fixá-los no para brisa do carro para usar um aplicativo de mapa gratuito como GPS.
Isso representou a negação do trabalho da vida do pai deles, que era convencer os compradores de carros a pagar US$ 1.500 ou mais por um sistema de navegação de 9 polegadas, acoplado ao painel. Ao invés de repreender seus filhos, Nixon apareceu com uma resposta: a GM agora oferece um aplicativo de mapa, por US$ 50, para iPhones, que roda no painel touchscreen do Chevrolet Spark.
“Nós, historicamente, temos tido sistemas de navegação incorporados aos automóveis”, disse Nixon. “Isso só não será mais suficiente, por conta desses dispositivos que trazem novas informações o tempo todo”, disse Nixon.
À medida que mais pessoas usam smartphones, os sistemas de navegação em automóveis caros e rentáveis das montadoras estão ameaçados. A razão é simples: muitos aplicativos de mapa são gratuitos, enquanto sistemas de navegação integrados custam a partir de US$ 500, podendo ultrapassar a cifra de US$ 2.000.
Até agora, a maioria dos sistemas de navegação das montadoras não foi conectado à web. Em vez disso, elas usam os mapas carregados em DVDs que funcionam com satélites de posicionamento global para traçar um curso. Esses mapas ficam desatualizados rapidamente, especialmente no quesito pontos de interesse, tais como cafés e postos de gasolina, que abrem e fecham. Aplicativos de smartphones são mais atualizados, porque eles puxam constantemente novos dados a partir da Internet, através de armazenagem e outros serviços de computação conhecido como cloud.
“Se você quiser atualizar os mapas do seu carro, é um processo caro e complicado, já que o consumidor tem que ir para a concessionária”, disse John Canali, que acompanha o negócio de navegação para Strategy Analytics. Montadoras têm aumentado os lucros com sistemas de navegação ao agrupá-los em pacotes opcionais caros, que incluem bancos de couro, tetos solares e sistemas de áudio high-end.
“É uma opção muito lucrativa, rentável para as montadoras”, disse Niall Berkery, diretor executivo da Tele Nav. Os consumidores, no entanto, nem sempre são satisfeitos. A maior queixa é a dificuldade de uso. O boom dos aplicativos de mapas está pressionando as montadoras a se adaptarem para manter o controle do mercado de navegação, em expansão. As instalações de sistemas de navegação em automóveis no mundo deve alcançar 32,7 milhões de unidades em 2019, mais do que dobro dos 13,8 milhões deste ano, segundo a IHS Automotive.
Brasil Econômico – 12/07/2013
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