Friday, February 01, 2013

GE vê negócio dobrar com a adoção de LED pelo varejo

Depois de chegar a ambientes externos como a Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, a tecnologia LED começa a ser adotada na iluminação das redes de varejo do Brasil. A GE fechou o primeiro contrato deste tipo no país, com a Spicy, rede especializada em utensílios para cozinha, que trocou a iluminação convencional por LED em suas 33 unidades. Agora, a expectativa da GE é obter crescimento anual acima de 100% na receita vinda de projetos de deste tipo pelos próximos três anos.
A rede Spicy irá economizar 30% no consumo de energia e diminuir em 58% o custo total da manutenção com o projeto, segundo a GE. Apesar de não abrir qual é o valor total do projeto, a empresa afirma que essa economia permitirá que o retorno do investimento aconteça dentro de quatro a 11 meses, números que começam a atrair mais varejistas no Brasil.
Outra rede, a Le Postiche, também começou a usar iluminação LED em uma de suas unidades, em São Bernardo do Campo (SP), também por meio da GE. “Este movimento vai se intensificar daqui para a frente. Hoje a penetração de LED no varejo é de 2%, mas em 2017 deve estar entre 40% e 50%”, prevê Sérgio Binda, diretor de Marketing da divisão de iluminação da GE. Os números representam um aumento de até 25 vezes na presença deste tipo de tecnologia no varejo em até quatro anos.
Isac Roizenblatt, diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), afirma que a melhora da qualidade da tecnologia LED nos últimos dois anos também tem incentivado a adoção pelo varejo. “As fontes de luz com LED tinham uma certa restrição em sua qualidade de cor, que não mais se justifica”, explica.
Segundo Binda, antes o LED podia fazer até com que o consumidor se enganasse com relação à cor de uma roupa na vitrine, por exemplo. Com a evolução deste tipo de iluminação, isso não acontece mais.
Além disso, as lâmpadas LED não emitem calor sobre os objetos e contam com menor incidência de raios UV e infravermelho, reduzindo a degradação dos materiais e o desgaste das cores e das pinturas das mercadorias e do mobiliário.
Para Roizenblatt, as principais vantagens dos LEDs são sua alta eficiência, que chega a ser 10 vezes maior em relação às lâmpadas incandescentes, além de uma duração de 25 a 30 vezes superior. “A velocidade de entrada só não é maior porque os preços ainda estão maiores do que seria conveniente, mas isso está se modificando rapidamente”, diz.
Segundo a GE, apesar do alto custo inicial do LED, há disposição para investir nessa tecnologia por conta das vantagens que ela proporciona.
Produção local
Nos últimos três anos, a GE Iluminação triplicou o portfólio de soluções LED disponíveis no mercado brasileiro para diferentes segmentos, entre eles iluminação pública e varejo. Até 2020, a empresa afirma que aproximadamente metade do faturamento no Brasil será proveniente de LED e outras soluções energeticamente eficientes. Mesmo assim, a produção local de lâmpadas deste tipo ainda não se justifica, mas também não está totalmente descartada.
“É uma questão de volume. Quando a tecnologia estiver massificada, a produção local pode se tornar viável”, diz Binda. Enquanto isso não acontece, os equipamentos são importados principalmente de China e Estados Unidos.
No geral, a GE Iluminação espera ampliar em pelo menos 10% a sua participação no mercado brasileiro nos próximos cinco anos.
Brasil Econômico
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