Wednesday, October 30, 2013

Honda vai ampliar geração para atender nova fábrica em SP

A segunda fábrica de automóveis da Honda no Brasil, que deve entrar em operação no segundo semestre de 2015 em Itirapina (SP), terá o consumo de energia elétrica suprido por geração eólica própria da empresa, assim como ocorrerá com a unidade de Sumaré (SP) a partir de setembro do ano que vem. Os planos incluem ainda o abastecimento com fonte eólica da indústria de motos do grupo em Manaus (AM), mas isto depende da ligação da região ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A construção do primeiro parque eólico da companhia no Brasil iniciou oficialmente ontem no município de Xangri-Lá, no Rio Grande do Sul. O empreendimento, que ficará pronto em setembro de 2014, terá potência instalada de 27 megawatts (MW) e vai produzir 95 mil megawatts/hora (MWh) por ano, o equivalente ao consumo de uma cidade de 35 mil habitantes. A energia gerada será injetada no SIN, garantindo crédito equivalente para a fábrica de Sumaré.
Segundo o presidente da Honda Energy do Brasil, Carlos Eigi Miyakuchi, não é possível afirmar que Itirapina já começará a operar com energia eólica, pois o prazo para desenvolvimento e implantação de um parque é de pelo menos dois anos. Para suprir a futura fábrica, que terá capacidade para produzir 120 mil carros por ano, será necessária mesma potência instalada de Xangri-Lá, enquanto para abastecer Manaus será preciso uma capacidade 40% a 50% maior, explicou o executivo.
Miyakuchi revelou que a empresa vai avaliar outras regiões para expandir a produção de energia eólica no país. Ele admitiu, porém, que a maior probabilidade é ampliar o parque no litoral do Rio Grande do Sul, embora isso requeira o arrendamento de novas áreas e também um novo processo de licenciamento ambiental. As nove torres de geração que serão instaladas no Rio Grande do Sul, cada uma com 3 MW de potência e 98 metros de altura, vão ocupar um total de 320 hectares.
O empreendimento gaúcho exigirá investimentos de R$ 100 milhões, bancados com recursos próprios porque os aerogeradores serão comprados da dinamarquesa Vestas e por isso não contam com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Conforme Miyakuchi, a Honda optou pela importação dos equipamentos porque não há produção nacional de turbinas com 3 MW de potência.
Com a geração própria, a Honda vai reduzir em 45% os custos com energia em Sumaré, o que garante o retorno do investimento no Rio Grande do Sul num prazo de 7,8 anos, disse Miyakuchi. Além disso, vai diminuir em 30% a produção de gás carbônico (CO2) pela unidade industrial - cerca de 2,2 mil toneladas a menos em emissões por ano -, em linha com a meta global perseguida pela companhia até 2020, acrescentou o executivo.
Valor Econômico - 30/10/2013
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