Monday, January 14, 2013

Perda de espaço para tablet, ultrabook e notebook barato

Não é só em Las Vegas que os netbooks estão desaparecendo. No Brasil, eles também já sumiram das prateleiras do varejo. Mais leve e com menor capacidade de processamento que um notebook, o produto ganhou o mercado nacional em 2009 com o apelo de acesso fácil e móvel à internet. Mas esse destaque durou apenas três anos. Em 2012, a HP e a Acer abandonaram a fabricação do produto, enquanto a americana Asus, que se tornou uma das grandes fornecedoras mundiais da categoria, oferece só um modelo no Brasil.
"Não foi uma boa aposta da indústria", disse um alto executivo do varejo. "É um aparelho que demora para ligar e não tem capacidade para trabalhar com arquivos mais pesados de Excel e Power Point, por exemplo", afirmou.
A ascensão do tablet, mais rápido e fácil de usar; o barateamento dos notebooks e o lançamento dos ultrabooks, mais leves e potentes que os notebooks convencionais, contribuíram para a perda de interesse em torno do netbook, afirmou Bruno Freitas, supervisor de pesquisas da consultoria IDC. "É um mercado que já estava em declínio; com os novos produtos, esse processo se acelerou."
Segundo a IDC, no acumulado entre janeiro e setembro de 2012 foram vendidas 700,6 mil unidades de netbooks no país, o que equivale a 12% do total de computadores móveis (notebooks e netbooks) vendidos no período. Em 2011, essa proporção foi de 19%, depois de alcançar 35% em 2010.
A venda de netbooks deixou de existir em varejistas reconhecidas pela oferta de eletroeletrônicos de ponta, como Fnac e Fast Shop. Com mais de 80 lojas no país, a Fast Shop parou de fazer encomendas à indústria em outubro do ano passado e, nos últimos dois meses de 2012, liquidou o estoque. Já a Fnac, que tem 11 lojas no Brasil, deixou de vender netbooks em dezembro de 2011. A rede Extra, do grupo Pão de Açúcar, com cerca de 140 lojas, manteve a venda apenas de um modelo da Asus, "que apela para o design", segundo a varejista.
Na metade de 2012, a HP interrompeu a fabricação de oito modelos de netbook na sua unidade de Jundiaí (SP). A medida, segundo Fernando Soares, gerente de computadores pessoais para o varejo da HP, reflete o comportamento do consumidor. "O Brasil sempre apresentou uma proporção menor de usuários de netbook que o restante da América Latina", disse. Agora, a HP se concentra nos ultrabooks - mais leves e de tela mais fina. Outra aposta é dos tablets conversíveis, que chegam em março ao Brasil. Com teclado que pode ser acoplado, eles viram um computador móvel.
Valor Econômico
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