Monday, July 03, 2017

Impactado pelo cenário político, confiança de serviços caiu 2,8 pontos em junho

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,8 pontos na passagem de maio para junho, para 81,9 pontos, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na última sexta-feira.
Em maio, houve alta de 0,5 ponto. A queda em junho foi a maior desde setembro de 2015, quando o recuo foi de 3,0 pontos. Segundo a FGV, o desempenho negativo no mês "deve-se, sobretudo, à piora das expectativas". O Índice de Expectativas (IE-S) do setor caiu 5,2 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA-S) cedeu apenas -0,4 ponto. "A intensificação da tendência de ajuste nas expectativas, que vinha sendo observada desde o início do segundo trimestre, foi muito provavelmente influenciada pela turbulência no ambiente político a partir do 17 de maio. As avaliações sobre a situação corrente também foram afetadas, com o índice interrompendo uma sequência de três meses de alta", diz a nota divulgada pela FGV
Segundo a entidade, a principal contribuição para a queda do IE-S em junho foi dada pelo indicador que mede as expectativas em relação a "Demanda nos três meses seguintes", que recuou 5,3 pontos, para 84,7 pontos. A maior contribuição para a queda do ISA-S veio do indicador de Situação Atual dos Negócios (-0,7 ponto, para 78,3 pontos).
A piora da confiança foi generalizada, com queda no ICS em nove das 13 atividades pesquisadas. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços caiu 0,9 ponto porcentual em junho ante maio, para 81,5%, o menor nível da série histórica.
Entre os fatores que vêm sendo apontados como entrave à atividade das empresas, o quesito "Demanda insuficiente" continua liderando as reclamações, tendo sido apontado por 39,4% das empresas em junho. Em segundo lugar, vem a opção de resposta aberta ("outros fatores"), marcada por 33,5% das empresas.
Segundo a FGV, ao classificar as respostas livres de "outros fatores" em duas grandes categorias, "Clima Econômico" e "Clima Político", "observa-se um forte indicativo da influência do ambiente político na avaliação das empresas sobre o rumo dos negócios".
A citação ao Clima Político como um fator limitativo supera, pela primeira vez desde outubro de 2014, período de eleições, o Clima Econômico, o que reforça a interpretação de que a piora das expectativas esteja relacionada aos eventos de 17 de maio", diz a nota, com isso, a Fundação fala em um primeiro semestre marcado por atividade fraca e piora das expectativas.
DCI - 03/07/2017
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