Apesar de concorrência mais agressiva no mercado de fidelidade, Smiles não deve mexer na política de preços nos próximos meses. Com grande foco no cliente de alta renda, companhia acredita que margem é mais importante que ganho de mercado.
"Margem é mais importante que crescimento, mas claro que estamos felizes de estar conseguindo os dois", disse o CEO da Smiles, Leonel Andrade durante teleconferência com analistas. Questionado sobre a precificação agressiva da Livelo, do Banco do Brasil e do Bradesco, ele indica estar tranquilo e acredita que a companhia manterá seu crescimento, independentemente da concorrente. "A Livelo não nos pressiona. Eles têm poder, têm barganha, mas acreditamos que vamos crescer inclusive com eles [como parceiros]... Algumas pesquisas mostram que somos até mais caros e ainda assim somos a que mais cresce", diz.
A tendência, segundo ele, é que mesmo com uma política agressiva a Livelo equilibre os valores. "Eu não sei se eles vão manter", diz sobre a necessidade de qualquer empresa recuperar as margens e melhorar o desempenho financeiro.
Operacional
O lucro líquido da Smiles foi de R$ 144,7 milhões no terceiro trimestre, alta de 46,8% ante mesmo período do ano passado. Segundo o balanço operacional da empresa, o resgate de milhas subiu 2,2%, atingindo 11 bilhões, na mesma base de comparação. Já o acúmulo de milhas foi de 12,2 bilhões, alta de 5,7%. Na contrapartida, o faturamento com milhas caiu 3,6% no período. "Por conta da queda do dólar e de uma performance menor da média histórica comparado com ano anterior, quando tinha um mercado mais favorável", comenta Andrade.
A companhia também anunciou uma nova parceira aérea, a Emirates. Com isso, a Smiles tem 13 aéreas internacionais como parceiras. Isto está alinhado com um grande foco da empresa, o público de alta renda.
DCI
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