Monday, January 04, 2016

Cervejarias têm queda de produção de 2% em 2015

As indústrias de cerveja no país encerraram 2015 com produção de 13,86 bilhões de litros, volume 1,99% inferior ao registrado no ano de 2014. Os dados são do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) da Receita Federal.
Analistas do setor esperavam para o ano uma queda em vendas também de 2%. O desempenho foi afetado pelo ambiente macroeconômico, com inflação alta, aumento no nível de desemprego e redução da renda real das famílias.
Outro fator que contribuiu para a queda foi a base de comparação alta de 2014, quando foi realizada a Copa do Mundo da Fifa no Brasil. O evento, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), representou um aumento no consumo equivalente a um mês de vendas. Em comparação a 2013, a produção de cerveja no país cresceu 2,86% em 2015.
No mês de dezembro, a produção atingiu 1,48 bilhão de litros, o que representou uma queda de 0,93% em comparação ao mesmo mês de 2014. Em relação a novembro, houve aumento de 11,8%. As indústrias de cerveja previam uma melhora em produção e vendas em dezembro, por conta do verão e das festas de fim de ano.
No quarto trimestre do ano, a produção apresentou crescimento de 1,32% em comparação ao mesmo intervalo de 2014. Este resultado é pior que o desempenho do terceiro trimestre, quando houve aumento de 4,2% na produção. A piora no último trimestre indica que o setor ainda vai demorar mais tempo para voltar a se recuperar.
Um dos fatores que dificulta a retomada do crescimento no setor é o aumento realizado por dez Estados na cobrança do ICMS sobre cerveja, que acarretará em elevação nos preços ao consumidor. Em São Paulo, por exemplo, a alíquota subiu de 18% para 20%. No Rio Grande do Sul, a alíquota de ICMS foi elevada de 25% para 27%. O único Estado que reduziu o ICMS sobre a cerveja foi Pernambuco, que baixou o imposto para empresas que produzem bebida no Estado de 25% para 18%. A decisão favorece as fabricantes Ambev, Cervejaria Petrópolis e Brasil Kirin, que possuem fábricas em Pernambuco.
Já a produção de refrigerantes fechou dezembro com queda de 3,8% sobre o mesmo mês de 2014, somando 1,57 bilhão de litros. Em relação a novembro, houve avanço de 17,9% no volume produzido.
No acumulado do ano, a produção de refrigerantes teve queda de 5,9%, para 14,89 bilhões de litros. No quarto trimestre, a produção da bebida também registrou retração de 5,9%. A queda no mercado de refrigerantes era esperada, devido à tendência do consumidor de substituir o refrigerante por bebidas consideradas mais saudáveis.
Valor Economico
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