Wednesday, April 03, 2013

Suco integral divide galão com mate

A empresa do bem (assim mesmo, em minúscula) apelou para um clássico da orla carioca para fazer sua estreia nas areias de Ipanema: galões de inox, que antes vendiam apenas o Mate Leão, ganharam novo design e agora distribuem também os sucos integrais sem açúcar e sem aditivos da marca. Por enquanto, apenas um ambulante percorre os quase três quilômetros de praia. A ideia é avaliar a recepção dos consumidores acostumados ao produto em caixas longa vida e definir a logística de distribuição para não prejudicar a imagem do suco vinculada à saúde.
"A operação tem que ser perfeita, não dá para arriscar principalmente na higiene", diz o empresário Marcos Leta, de 29 anos, que montou o negócio em 2007. Só dois anos depois, quando a empresa se associou à Tetra Pak, o suco do bem chegou ao consumidor. Hoje, ele é comercializado em três mil pontos de venda de oito Estados das regiões Sul e Sudeste e em Brasília. A empresa, de acordo com o dono, que não revela o faturamento, é classificada como de médio porte - ou receita bruta anual entre R$ 16 milhões e R$ 90 milhões, de acordo com o BNDES. A empresa dá emprego direto a 30 pessoas.
As frutas usadas para a produção dos sucos vêm de fazendas de São Paulo, do Rio Grande do Sul e do Nordeste. O suco, armazenado a vácuo, é levado para uma fábrica da Tetra Pak em Guarulhos, São Paulo, para o envasamento. O líquido é pasteurizado uma vez para garantir a qualidade e a pureza. Os sabores que chegam ao mercado são sete: laranja, tangerina, uva, limonada, água de coco, chá mate com limão, mistura de açaí com outras frutas e mix de mamão com laranja, maçã e banana.
Ex-estagiário do Banco Votorantim, em São Paulo, o administrador de empresas Marcos Leta abandonou a gravata, hoje exibida numa moldura do escritório da empresa, em Ipanema, para se dedicar ao sonho de ter o próprio negócio. Ele começou a pensar na do bem quando, depois do trabalho, ia direto para uma casa de sucos porque não queria tomar nada cheio de açúcar, néctar ou reconstituídos. "Pesquisei a tecnologia para envase sem conservante e cheguei ao projeto atual", conta Marcos Leta.
O começo foi difícil. Um dos desafios era encontrar lugar na prateleira dos supermercados e mercearias. As primeiras caixinhas só conseguiram espaço em padarias e quitandas do Rio e de São Paulo. Depois foi a vez das lojas de conveniência. A etapa seguinte era atender aos pedidos que chegavam por e-mail perguntando por que o suco não era vendido também na praia. A solução de comercialização logo apontou para os galões de aço que fazem parte da tradição das praias do Rio. Marcos mandou fazer dez, que coloriu para se adequar ao design da marca, mas, precavido, decidiu antes fazer um teste.
"A estratégia é de longo prazo, não uma ação de estação. Queremos entender o mercado da praia. O verão é uma excelente estação para as vendas, mas não para estrear. É melhor lançar o produto no inverno e esperar que ele amadureça até o verão seguinte. Nosso foco é o verão de 2014." (PV)
Valor Econômico
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