Monday, December 09, 2013

Tablet substituirá computador e notebook

Tablets mais potentes e modernos substituirão os tradicionais computadores nos próximos anos. Para especialistas ouvidos pelo DCI, a necessidade de mobilidade e a constante evolução da tecnologia deste tipo de aparelho faz com que a troca de plataforma pelo usuário seja uma necessidade, que mudará novamente o mercado. Algo como transformações vistas em outros segmentos, como a troca do VHS pelo DVD e, depois, a chegada do Blu-Ray -, em uma comparação simplista.
Com o novo cenário, e o fato de o mercado de smartphones e tablets no Brasil ainda registrar números animadores, as empresas tendem a acompanhar a revolução tecnológica do segmento.
Para o professor de estratégias empresariais da FGV, Ricardo Teixeira, os computadores perdem espaço com a chegada de outras tecnologias. "No curto prazo, a tendência é que os tablets substituam computadores e notebooks. Para o futuro, deve surgir algo para substituir tablets e smartphones por conta do tamanho".
Assim, Teixeira diz que os comerciantes devem adotar novas estratégias para alavancar suas vendas. "Quanto mais ampla for a sua oferta, melhor para o empreendedor. Ele vai ter que estocar o que é mais rentável e oferecer mais opções ao consumidor. Por exemplo, quem vende tablet normalmente vende computador".
Quem concorda é o professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), Carlos Affonso Pereira de Souza. Ele comenta que é "natural que tenha uma queda [sobre computadores] porque o tablet pode preencher muitas funções". Pereira vê o desempenho do fator externo sobre os números do setor. "Nós podemos pensar, por exemplo, a respeito da alta do dólar, porque são componentes [matéria-prima] fabricados no exterior", diz.
Balanço
De acordo com a consultoria de tecnologia IDC Brasil, a venda de aparelhos registrou crescimento vertiginoso no terceiro trimestre de 2013, se comparada a igual período de 2012. Já a venda de computadores registrou queda moderada, apontando para o desejo ainda maior do consumidor de adquirir devices no lugar de PCs e notebooks. Na comparação com o mercado de tablets e smartphones, os computadores apresentam o pior desempenho no terceiro trimestre deste ano.
Segundo o IDC, o mercado de PCs teve retração de 4% em relação ao segundo trimestre de 2013 e 15% na comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar do desempenho ruim nas comparações com 2012, a consultoria espera que o 4º trimestre movimente R$ 22,4 milhões ante R$ 21,3 milhões do ano anterior. Do total de 3,4 milhões de máquinas, 61% foram notebooks, enquanto 39% desktops - o que indica a opção dos consumidores por aparelhos portáteis. Já sobre tablets, a expansão foi de 134% em relação ao terceiro trimestre de 2012, queda de 2% na comparação ao segundo trimestre de 2013. Em receita, a expectativa é quase dobrar em comparação os números analisados do ano anterior. Em 2012, o setor movimentou R$ 2,89 milhões contra R$ 4,92 esperados para 2013.
Entre os três nichos, os telefones móveis foram o que apresentaram melhor desempenho. Foram comercializados 17,9 milhões de aparelhos, sendo 10,4 milhões de smartphones. Na comparação com o mesmo período de 2012, o crescimento foi de 147%, enquanto para o segundo semestre deste ano, houve expansão de 20%. A expectativa é que o setor movimente R$ 24 bilhões em 2013 ante R$ 14 bilhões em no ano anterior.
As receitas também dão sinal de alerta aos varejistas. A renda de computadores caiu 5% na comparação com o trimestre anterior e 1% frente ao terceiro trimestre de 2012. "O resultado baixo dos computadores acontece em função da maturidade do mercado. A solidez do setor de computadores é muito grande no Brasil, então as taxas de crescimento são mais contidas. Neste ano em especial, tem a questão do dólar, que está muito instável, o que produz um receio nas empresas e canais de vendas em gerar a compra", aponta o analista de mercado da IDC, Pedro Hagge.
Período de vendas
Os especialistas observam que o desempenho mais tímido no terceiro trimestre ocorre pela ausência de grandes datas festivas e pelo setor de tecnologia ser sazonal.
Para Teixeira, "devemos ter um melhor resultado para o Natal. A princípio, as previsões são extremamente positivas. Sempre existe pessimismo perto da data, aí quando passa, são revelados resultados acima das expectativas. Ele observa que apesar da queda no segundo trimestre de tablets e smartphones, ainda há crescimento. "O que não se leva em consideração é que você repete o crescimento e acrescenta um número maior. A sensação de perda acontece em razão da alta menor no faturamento. O Brasil ter adotado a Black Friday faz ainda com que haja dois momentos para o grande volume de vendas. O resultado deve ser de grande movimentação no último trimestre".
Diário Comércio Indústria e Serviços – 06/12/2013
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