quarta-feira, 14 de agosto, 2013

Marisa revê plano e vai abrir menos lojas neste ano

A varejista de vestuário Marisa reduziu o plano de abertura de lojas este ano de 51 para 42 novas unidades. A companhia, que reportou fraco desempenho no segundo trimestre, também está revisando a estratégia de crescimento para 2014.
Em teleconferência com analistas e investidores ontem, o presidente, Márcio Goldfarb, disse que a empresa vai concentrar esforços em melhorar a performance de unidades já existentes, em detrimento de aberturas. Ainda não foi apresentado ao conselho de administração a meta de inaugurações para 2014. Hoje, a Marisa tem hoje 380 unidades.
Apesar das vendas em julho terem sido "muito boas", Goldfarb disse que enxerga um mercado "mais restritivo" na segunda metade do ano. "Temos que passar por isso e estamos mudando de tática", afirmou o empresário.
A Marisa redirecionou parte dos investimento de nova lojas para revitalizar e atualizar 19 unidades antigas. Em várias delas, houve inserção da categoria de calçados, uma iniciativa para alavancar as vendas por metro quadrado.
Em linha com estimativas e analistas consultados pelo Valor, a Marisa reportou lucro líquido de R$ 38,8 milhões no segundo trimestre, recuo de 19% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida da companhia, na mesma comparação, avançou pouco mais de 7%, para R$ 744,6 milhões.
O crescimento da Marisa no período foi menor do que o reportado pela Hering e Guararapes (dona da Riachuelo). Renner e Restoque (dona da Le Lis Blanc), outras duas concorrentes listadas da companhia, divulgarão os resultados trimestrais hoje.
As vendas mesmas lojas (unidades abertas há mais de um ano) da companhia subiram 0,6%. As manifestações de junho tiveram impacto de 5 pontos percentuais nas vendas das unidades comparáveis, disse Goldfarb.
O empresário disse que a empresa está agora apostando num mix diferenciado em preço, sem que isso comprometa as margens da operação.
No segundo trimestre, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da companhia cresceu 1,6%, para R$ 122,6 milhões.
O ganho final da empresa foi negativamente afetado por um aumento de 43,2% na despesa financeira líquida, que alcançou R$ 28 milhões no segundo trimestre. Os investimentos em abertura de lojas reduziram o caixa da companhia e, consequentemente, as receitas financeiras.
Lançado no ano passado, o canal de vendas diretas da companhia vem superando as expectativas da empresa, disse Arquimedes Sales, diretor de produtos e serviços financeiros da Marisa. No entanto, as vendas do canal só devem se tornar relevantes para a receita total em dois ou três anos.
Segundo Sales, a Marisa alcançou 10 mil consultoras. "É um canal estratégico para a penetração da marca Marisa em praças menores que não comportam uma loja".
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