Wednesday, February 22, 2017

Venda do volta às aulas é marcada por cautela

São Paulo - Frente à resiliência da recessão econômica, os empresários do ramo de papelaria amargaram resultados pouco animadores com a venda de material escolar, melhor época de vendas para os lojistas deste ramo. Em estados como São Paulo e Minas Gerais, muitas redes viram em 2017 ganhos menores que os apresentados em 2016.
Em Belo Horizonte (MG) uma pesquisa da FecomercioMG apontou que 37% dos varejistas disseram que as vendas foram mais francas que no mesmo período do ano passado. De acordo com a analista de pesquisa da entidade, Elisa Castro, o resultado ficou dentro do esperado para um cenário econômico em recuperação. "Ainda existe uma retração do consumo em função do poder de compra reduzido e dos índices de desemprego elevados. Isso se refletiu na escolha dos itens de volta às aulas, com os clientes buscando alternativas mais baratas e financiamentos", explica.
O balanço apontava ainda que 41% dos lojistas registraram desempenho compatível com o de 2016. Outros 12,3% afirmaram que a procura por material escolar foi superior, principalmente em função da adoção de promoções/liquidações. Essa estratégia foi utilizada por 48,8% das lojas da capital, que observaram um gasto médio de até R$ 100 por cliente (40,3%).
Castro comenta que as famílias têm buscado se endividar menos, no entanto, como a lista de material é extensa e adquirida praticamente de uma só vez, o cartão de crédito parcelado se sobressaiu como meio de pagamento na maioria dos casos (55%).
Reforçando a postura de gastos moderados, as vendas ficaram concentradas nos produtos promocionais para quase 60% das empresas, sendo que 67,2% perceberam que os clientes realizaram pesquisa de preços antes de efetuar a compra. Outros 11,5% adquiriram apenas artigos que não poderiam reutilizar neste ano. "As pessoas não compraram todos os produtos em um único local, com a intenção de minimizar os gastos. E reaproveitaram o que foi possível", diz.
O tíquete médio não passou dos R$ 100 em 40,3% dos estabelecimentos, contra 62,4% que permaneceram nessa faixa de preço no ano passado.
No Estado de São Paulo, uma prévia da Confederação Nacional dos Lojistas já indica que as vendas tiveram retração no período, quando o dado é feito sem o efeito da inflação.
Sem crise
Na contramão de boa parte do varejo, a Kalunga conseguiu crescer 16,5% nas vendas em janeiro, sobre um ano antes.
Segundo a varejista, entre os itens mais vendidos estão: mochilas, estojos, canetas estereográficas coloridas e cadernos. "Com a campanha de reciclagem de cadernos, a Kalunga arrecadou até o momento 60% das cem toneladas de papel previstas para 2017", diz a empresa, em nota. A cada quilo de caderno usado, sem capa e sem espiral, entregue nas lojas, a rede oferece R$ 1,50 de desconto na compra de novos cadernos ou no pacote de papel sulfite branco.
DCI - 20/02/2017
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