Monday, September 21, 2015

Hypermarcas em busca de uma saída

Após oferecer o negócio de fraldas a vários grupos, a empresa estaria agora conversando com companhias chinesas. Mas analistas veem pouca chance de algum acordo ser fechado no curto prazo. “Achava que a venda sairia até julho. Agora, não acredito que saia este ano”, disse Caio Moreira, do Banco Fator. Em comunicado à CVM em maio, a Hypermarcas informou que contratou bancos (Citibank, Merril Lynch e Bradesco) para a venda, associação ou cisão no setor de fraldas. Fontes afirmam que há chances de a cisão incluir toda a área de bens de consumo. O Estadoapurou que a divisão não incluiria as marcas de preservativos Olla e Jontex, líderes de mercado, e de adoçantes, complementares ao setor farmacêutico. “Separar os negócios traria resultado”, diz Ricardo Boiati, analista do Bradesco BBI. A venda de fraldas traria alívio financeiro à companhia. Isso porque, segundo Luiz Cesta, da Votorantim Corretora, há necessidade de redução da dívida em relação à geração de caixa. “Hoje, a alavancagem da empresa está em 2,8 vezes. Diante do cenário econômico atual, o ideal seria reduzir o múltiplo para entre 1,5 e 2 vezes.” Desafio. A dificuldade de venda pode estar ligada ao fato de os produtos serem vistos como marcas “de combate”. “Elas têm uma proposta de valor, mas não são as preferidas do consumidor”, diz Boiati. A Hypermarcas é líder no setor de esmaltes, mas tem posição intermediária em itens de maior valor, como protetor solar, fraldas e cremes. Procurada, a Hypermarcas disse que “voltará a comentar a análise de alternativas estratégicas para seu negócio de descartáveis ao final do processo”. Santher, CMPC, P&G e Kimberly Clark não comentam o assunto. Representantes da SCA e Unicharm não foram encontrados.
Estado de S Paulo - 20/09/2015
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