segunda-feira, 22 de agosto, 2016

Índice de ruptura do feijão nas gôndolas foi de 16,6% em julho

No mês passado, o varejo teve dificuldade para comprar feijão por conta da oferta restrita. E o receio com a demanda fraca também levou o varejo a reduzir as compras. Dados da NeoGrid/Nielsen, coletados em mais de 10 mil lojas em todo o País, apontam que o "índice de ruptura" do feijão nas prateleiras dos supermercados foi de 16,6% em julho, muito superior à média histórica de 4%. Isso significa que a cada 100 itens não encontrados pelo consumidor nas gôndolas, o feijão representou 16,6 no mês passado.
"Diante da instabilidade econômica e dos altos preços, o varejo fica mais cauteloso ao comprar o produto, com receio de que não haja consumo. Assim, o produto acaba faltando nas prateleiras", afirma Robson Munhoz, diretor de relacionamento com o varejo e indústria da NeoGrid. Nesse contexto, os estoques nos supermercados estão cada vez mais restritos
Em julho, calcula a NeoGrid, os estoques eram suficientes para 31,13 dias de consumo. Em maio, quando a oferta de segunda safra aumentou, eram 177,16 dias. Mesmo assim, a média de 2016 está em 65,6 dias.
Depois de a primeira e a segunda safras do feijão terem diminuído 8,8% e 24,1% em relação à temporada 2014/15, respectivamente, a colheita da terceira safra, em andamento, deverá alcançar 628,3 mil toneladas, uma queda de 26,1% na mesma comparação, de acordo com estimativas da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Trégua na alta do preço
Depois de subir cerca de 150% no varejo doméstico, dominar as redes sociais e virar assunto em mesas de bar, o feijão finalmente começou a dar sinais de que sua escalada arrefeceu. Isso não significa, porém, que a situação voltou ao normal. O alívio vem da entrada no mercado, a partir do fim de julho, da última das três safras da leguminosa da temporada 2015/16.
Nos primeiros dez dias de agosto, o IGP-DI acusou queda de 10,1% dos preços da leguminosa no País. Mas a retração pode ter vida curta, já que a terceira safra também será pequena em razão de problemas climáticos, a exemplo do que aconteceu com as duas anteriores. Resta saber como será o comportamento da demanda - que em julho, diante da alta de 44,6% apontado pelo IGP-DI, já se mostrou mais arredia.
Supermercado Moderno
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