terça-feira, 28 de junho, 2016

GE inicia montagem de luminárias de LED

A GE lançou sua primeira fabricação de itens em LED na América Latina na sua unidade de Taubaté, interior de São Paulo, e já está com a capacidade para cerca de 50 mil luminárias ao ano. Em entrevista ao Valor, o presidente da Current, powered by GE, Rodrigo Martins, afirmou que a expectativa da companhia é chegar a uma capacidade de 150 mil luminárias por ano já ao fim de 2016.
A unidade de Taubaté passou a ser da GE depois que ela comprou o negócio de energia da Alstom, no fim do ano passado. A fábrica é uma estrutura com sistema modular de produção. Por isso, a adaptação para o sistema de montagens das luminárias de LED pode ser feita num curto espaço de tempo.
"Por ser uma fábrica multimodal, a GE pode adicionar linhas de produção a medida que a demanda aumentar. Temos uma flexibilidade imensa, o que reduz a dependência da fábrica dos Estados Unidos", afirmou Martins.
A companhia tenta aproveitar o momento de expansão dos projetos de iluminação pública na América do Sul. Segundo a GE, a iluminação de LED deverá atingir 80% do mercado da América Latina até 2025.
Inicialmente, a fábrica está fazendo a montagem das luminárias, importando peças e componentes. "Em alguns meses, vamos produzir com cadeia de fornecimento local", disse. A ideia é nacionalizar o máximo de itens, para atender as regras de conteúdo local do BNDES é ter acesso a um eventual financiamento do banco.
LED, porém, continuará sendo importado. "Pra ser economicamente viável a fabricação, ele precisa de uma escala que o Brasil e a América Latina não tem. Ele normalmente vem da China, de fábricas nossas ou de joint ventures", disse Martins.
Ao fabricar no Brasil, a GE vai reduzir o tempo de entrega dos produtos encomendados. Além disso, haverá um "hedge natural" dos custos, uma vez que os custos e a receita serão denominados na mesma moeda. "Há várias vantagens envolvidas", disse.
O custo final da produção não sofrerá queda significativa, ao menos nesse momento. Apesar dos menores gastos com transportes e impostos, os componentes no Brasil são um pouco mais caros. "Quanto mais escala desenvolvermos, menor será o custo de produção", disse Martins.
Com o tempo, a ideia é ampliar a produção, fazendo também outros equipamentos de LED, como iluminação industrial e iluminação interna. As lâmpadas continuarão sendo importadas.
O plano da companhia é utilizar a produção da unidade para atender a demanda no Brasil e em países da América do Sul. Já há contratos para fornecimento das luminárias feitas aqui para exportação para iluminação de municípios em países como Chile e Argentina.
A fábrica também foi responsável pelas luminárias que serão doadas pela GE para a cidade do Rio de Janeiro, devido aos Jogos Olímpicos. Segundo Martins, são negociados ainda contratos para fornecer as luminárias para outras cidades brasileiras. "Há mais de 80 PPPs [parcerias público-privadas] abertas. Sempre tínhamos pensado em trazer a planta para o Brasil", disse o executivo, completando que a planta de Taubaté é "muito bem localizada". A companhia tem a possibilidade de expandir a produção se necessário em um período curto de tempo, pela característica modular da fábrica.
Valor Econômico
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