terça-feira, 16 de setembro, 2014

Venda de linha branca cai 5% até junho

A venda de aparelhos de linha branca, como geladeiras e máquinas de lavar, recuou 5% no primeiro semestre deste ano, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), na comparação com os seis primeiros meses de 2013.
O presidente da Eletros, Lourival Kiçula, relacionou a queda das vendas ao efeito da Copa do Mundo. Segundo ele, os consumidores preferiram adquirir televisores no período.
"Na Copa, a dona de casa, mesmo com a necessidade de um novo refrigerador, aceitou a vontade da família e adquiriu o televisor. Agora, a expectativa é de espaço para o aumento das vendas de fogões, lavadoras e geladeiras", disse Kiçula.
A Eletros, representante de 32 empresas do setor de eletroeletrônicos, espera a recuperação das vendas de linha branca na segunda metade do ano. Já na linha marrom, que engloba televisores, som e vídeo, o cenário deve ser de estabilidade, pois a demanda foi antecipada devido ao evento esportivo de futebol.
Para essa categoria, há dados acumulados até julho. Nos primeiros sete meses do ano, foram comercializados 8,8 milhões de televisores, informou a Eletros, com avanço de 16% na comparação com igual período de 2013. Segundo a associação, o ano deve terminar com mais de 15 milhões de aparelhos de TV vendidos. Ao fim de julho, 98% dos televisores do país eram de tela fina, um avanço rápido ante os 93% registrados em 2013.
A Eletros destacou ainda o bom desempenho de vendas de micro-ondas: alta de 13% no semestre, para 4,3 milhões de unidades.
Diante do momento econômico difícil, o presidente da associação descartou anúncios de recomposição do IPI nos próximos meses. "Não há clima para o aumento", afirmou Kiçula. O executivo participou da abertura da Eletrolar Show, feira da indústria e do varejo de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, celulares e TI, realizada em São Paulo.
Em máquinas de lavar, a associação defendeu o corte da alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de 10% para 5%. A Eletros argumenta que o aparelho é fundamental para as famílias e não tem presença tão disseminada nos lares brasileiros. Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad), 55,8% das residências do país tinham máquinas de lavar em 2012, ante 51,6% em 2011.
A alíquota cheia do IPI das máquinas de lavar é de 20%, mas está em 10% desde outubro de 2012. O imposto do tanquinho é de 5% e de fogões, 4%. As alíquotas valem para itens com eficiência energética.
Valor Econômico - 16/09/2014
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