sexta-feira, 09 de agosto, 2013

Anfavea diz que vai ampliar sua meta de produção

A Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no Brasil, antecipou ontem que vai melhorar sua meta para a produção de veículos neste ano, após ver a atividade do setor evoluir a um ritmo acima das expectativas. Por enquanto, a previsão da indústria aponta para um crescimento de 4,5% na produção das montadoras. O setor, porém, está bem acima desse número, marcando avanço de 15,8% no acumulado até julho.
A divulgação da nova estimativa está prevista para o mês que vem. A Anfavea também informou que vai revisar sua projeção para as vendas de veículos. Nesse caso, o mercado está abaixo da meta traçada para o ano, de um crescimento na faixa de 3,5% a 4,5%. Nos sete primeiros meses, os emplacamentos, incluindo caminhões e ônibus, mostraram alta de 2,9%. Contudo, Luiz Moan, presidente da Anfavea, adiantou que a nova estimativa continuará indicando aumento do volume vendido em 2013, renovando o recorde do ano anterior.
A produção das montadoras neste ano cresce por conta da expansão tanto do mercado interno como das exportações, além de um movimento de substituição de carros importados, afetados por restrições do governo, por veículos nacionais. Ontem, a Anfavea revisou sua previsão para as exportações, que agora aponta para um crescimento de 20% dos embarques, dada a recuperação de mercados consumidores, como a Argentina e o México. Antes, a expectativa era de queda de 4,6% nas exportações em 2013.
A entidade prevê que a repetição do cenário positivo mostrado neste ano levará a um novo aumento da produção em 2014, mesmo se o governo confirmar a retirada dos descontos no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a partir de janeiro. "Será um ano difícil, mas não negativo", disse o executivo, ao apresentar os resultados das montadoras em julho.
Apesar do bom desempenho no acumulado do ano, o setor, pressionado pelo excesso de estoques, diminuiu em julho o ritmo mostrado nos quatro meses imediatamente anteriores. Isso reduziu de 39 para 35 dias o giro dos estoques de veículos nas fábricas e concessionárias.
Segundo Moan, a paralisação dos caminhoneiros e a greve geral nas duas primeiras semanas do mês pesaram sobre a atividade das montadoras, assim como feriados locais em grandes centros de produção, caso de São Paulo e Rio de Janeiro. Mesmo assim, a produção do mês passado, de 312,3 mil veículos, foi a maior para meses de julho da história, superando em 3,7% o volume de um ano antes.
Em julho, as vendas de veículos, de 342,3 mil unidades, subiram 7,4% na comparação com junho, favorecidas pelos três dias úteis a mais de negócios na maior parte do país. Em relação ao forte volume do mesmo período de 2012, porém, houve queda de 6% nos licenciamentos.
Valor Econômico - 07/08/2013
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