terça-feira, 19 de março, 2013

Amazon traz novo Kindle ao Brasil para enfrentar Apple

Maior empresa de comércio eletrônico do mundo e rival direta da Apple, a Amazon inicia hoje o que chama internamente de sua "segunda fase" no país. Em uma tentativa de ampliar a escala de operação local, a subsidiária brasileira anuncia nesta manhã o lançamento do Kindle Paperwhite (em duas versões, com e sem a tecnologia 3G), o seu leitor digital mais avançado, por R$ 479 o modelo mais simples, com sistema de acesso a banda larga com tecnologia sem fio, via Wi-Fi, e R$ 699 a versão com 3G. O novo modelo chega cinco meses após o lançamento mundial e três meses após o primeiro lançamento no Brasil, com uma versão mais simples, por R$ 299.
Ainda neste ano, a Amazon pretende lançar no Brasil o seu tablet Kindle Fire, disse Alexandre Szapiro, vice-presidente do Kindle para o país. O produto é vendido em quatro formatos nos EUA. O Kindle Fire concorrerá diretamente com o iPad da Apple, e com o Nexus 7 do Google, ambos já está à venda no Brasil. Questionado se o lançamento do Paperwhite antes do Fire respeita uma ordem de produtos lançados lá fora, Szapiro, negou. "Lançamos aquilo que nos sentimos prontos e agora é o momento do Paperwhite."
A Amazon fez acordos com as operadoras de celular para que ofereçam gratuitamente o pacote de dados no Kindle Paperwhite, para que usuário possa acessar a página e comprar os livros. A Amazon arca com o custo em 175 países. No caso do Brasil, o aparelho será importado e comercializado nos sites da Amazon e do Ponto Frio. Poderá ser encontrado também na Livraria da Vila e nos quatro quiosques da Amazon em shoppings de São Paulo e do Rio.
A rede de distribuição da Amazon é bem menor do que a da Apple. Além disso, a base da aparelhos da Apple apta a baixar livros é bem maior no país, com exposição forte da marca. O Valor apurou que a Amazon está na vice-liderança desse mercado de leitores, atrás da Apple, e teria vendido cerca da 50 mil unidades do Kindle desde o lançamento, em dezembro. Sobre a liderança da rival, Szapiro disse: "Noventa por cento do tempo nós investimos na satisfação do cliente e os 10% restantes, pensamos na concorrência."
A questão é que sem uma cadeia de exposição e venda do Kindle, o cliente não terá acesso fácil ao aparelho. "Estamos trabalhando nisso", disse Szapiro. Mas essa não é a única frente de trabalho. Szapiro disse que o volume de livros à venda aumentou, com ampliação no volume de negociações com as editoras. Em dezembro, existiam 13 mil títulos em português, número que já atingiu 16 mil títulos. "Vendemos com preços de 30% a 35% menores que as livrarias", disse.
Cerca de cem editoras instaladas no Brasil já assinaram contrato com a Amazon. Entre os títulos gratuitos, o número passou de 1,5 mil para 2,5 mil em três meses. O volume de livros, com preços em reais, passou de 1,4 milhão em dezembro para 1,6 milhão agora.
O Kindle Paperwhite chega ao país por cerca de duas vezes o valor cobrado pelos modelos nos Estados Unidos - o Kindle básico lançado em dezembro por R$ 299 já custava pouco mais do que o dobro do valor lá fora (R$ 140).
Valor Econômico
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