sexta-feira, 31 de julho, 2015

Para AB Inbev, operação no Brasil vai crescer mesmo com crise

“Ainda vejo espaço para um crescimento significativo no Brasil, incluindo as marcas Budweiser, Corona e Stella Artois. Também há espaço para ampliar as vendas no segmento de bebidas à base de cerveja, como a Skol Beat Senses”, afirmou Carlos Brito, presidente da AB InBev, durante teleconferência com analistas.
A companhia estima para o país um crescimento em vendas de um dígito de médio a alto.
De acordo com Brito, a equipe do Brasil tem se concentrado no controle de custos e no aumento da rentabilidade, olhando principalmente oportunidades de vendas de linhas mais rentáveis.
Para o mercado da China, a companhia também espera aumento nas vendas a partir do terceiro trimestre, principalmente da linha de cervejas de alto valor agregado, com a marca Budweiser. A Budweiser manteve um crescimento de dois dígitos no segundo trimestre e também no semestre.
De acordo com o executivo, o resultado fraco do segundo trimestre na China decorre de um clima pouco favorável, com chuvas excessivas para o período, e também pelo consumo fraco em todo o mercado de cervejas.
“O interesse na China é ganhar participação em vários segmentos, sobretudo em cervejas premium. Já temos crescimento com a Budweiser nesse segmento. E agora, com as marcas Corona e Stella Artois, vamos crescer mais”, disse o executivo.
A companhia informou ainda que espera melhora nos resultados do México e dos Estados Unidos, com redução de despesas na segunda metade do ano e elevação nas vendas.
No segundo trimestre, a companhia registrou queda de 24,1% no lucro líquido ante o mesmo intervalo de 2014, para US$ 1,98 bilhão. A cervejaria associou o resultado à queda no volume de vendas no Brasil e China, principalmente, e o impacto desfavorável da conversão de outras moedas para o dólar.
O volume produzido pela AB Inbev caiu 2,2%, para 119 milhões de hectolitros. A receita líquida recuou 9,4%, para US$ 11,052 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 14,3%, para US$ 4,16 bilhões.
Para o ano de 2015, a companhia reafirmou que espera crescimento nos volumes de vendas de Estados Unidos, Brasil e México e retomada do crescimento na China na segunda metade do ano. A AB InBev projeta aumento de um dígito no custo de vendas por hectolitro, devido ao mix de produtos e ao câmbio desfavorável. A empresa também prevê aumento de um dígito nas despesas de distribuição e nos investimentos de vendas e marketing. A AB Inbev informou que vai manter, no segundo semestre do ano, a busca por aquisições e fusões no mercado de cerveja. A companhia, no entanto, vai atuar de forma mais restrita em aquisições. A perspectiva de alocação de capital no ano vai se manter inalterada. Mas o nosso investimento vai ser mais focado no crescimento orgânico. Vamos avaliar oportunidades de fusões e aquisições, mas de empresas que tenham foco de atuação, estrutura e preço que façam sentido. Serão movimentos restritos”, afirmou Brito.
A companhia informou que prevê para o ano gastos de capital de aproximadamente US$ 4,3 bilhões.
A AB InBev também projeta para o ano manter a dívida líquida equivalente a duas vezes o seu Ebitda. Na primeira metade do ano, segundo Brito, a dívida líquida da companhia foi equivalente a 2,48 o Ebitda. A dívida líquida no primeiro semestre chegou a US$ 44,4 bilhões, alta de 5,5%.
Valor Economico
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