quarta-feira, 21 de outubro, 2015

Mercado espera recuo no lucro trimestral da Natura

A Natura, maior fabricante de cosméticos do país, tende a repetir no terceiro trimestre o fraco desempenho de vendas na operação doméstica, embora o negócio internacional permita manter o avanço das receitas. Já o aumento dos custos em dólar e a elevação de impostos devem provocar o recuo de margens e lucros, segundo o consenso
de seis casas de análise consultadas pelo Valor
A empresa divulga o balanço do terceiro trimestre hoje, após o fechamento do pregão, e faz teleconferência com analistas amanhã.
A média de projeções de Deutsche Bank, Credit Suisse, BTG Pactual, Citi Research, Morgan Stanley e Banco Votorantim indica lucro líquido de R$ 181,7 milhões de julho a setembro, correspondente a recuo de 15,5% ante os R$ 215 milhões obtidos no terceiro trimestre de 2014.
A valorização do dólar ante o real deve reduzir a margem bruta em 0,9 ponto percentual, de 70,9% para 70%, segundo a estimativa média de Credit Suisse, Banco Votorantim e BTG Pactual. A comparação envolve o terceiro trimestre de 2014 e 2015.
O aumento de despesas gerais e administrativas, por sua vez, deve subtrair 2,2 pontos percentuais da margem Ebitda, para 20,8%, segundo o consenso das seis instituições de análise.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) médio projetado pelos seis bancos soma R$ 413,7 milhões, queda de 3,1% em relação a um ano antes.
A redução dos investimentos com bens de capital e o aumento de capital de giro devem ser o principal destaque do trimestre, diz a equipe do BTG Pactual. A melhora dos indicadores rendeu elogios à empresa no segundo trimestre.
O consenso de analistas consultados é de receita líquida de R$ 1,99 bilhão nos três meses até setembro, alta de 6,4% ante igual período de 2014. "Apesar de algumas iniciativas para reavivar o crescimento de receitas (como a venda da marca Sou em algumas farmácias, mais sofisticação na concessão de crédito e marketing mais orientado ao produto) estarem na direção certa, provavelmente não serão suficientes para fazer diferença, considerando o difícil cenário macro e competitivo", afirma a equipe do Credit Suisse.
A operação internacional deve manter forte crescimento e se beneficiar da variação do câmbio.
Valor Economico
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