Monday, September 19, 2016

Empresa japonesa confirma busca de parceiro para Brasil Kirin

A japonesa Kirin Holdings, controladora da Brasil Kirin, informou nesta quinta-feira (15/9) que continua concentrada na aceleração do crescimento da operação da Brasil Kirin no País, mas também considera alternativas, incluindo uma parceria estratégica como opção para obter um crescimento sustentável da companhia. O grupo também informou que “não há nada determinado neste momento”.
A companhia japonesa também informou que a notícia divulgada pelo jornal “Nikkei”, de que estaria negociando com a Heineken e outros rivais uma joint venture para a operação da Brasil Kirin foi feita sem nenhuma informação divulgada pela companhia.
O plano anunciado pela Kirin para o período de 2016 a 2018 prevê o reforço da operação da Brasil Kirin. A Kirin e a Brasil Kirin estão integralmente focadas em esforços constantes no investimento da marca, melhoria do uso da capacidade instalada e melhoria da distribuição.
O jornal japonês “Nikkei” noticiou que a Kirin Holdings negocia com a cervejaria holandesa Heineken e outras empresas do setor uma possível sociedade para fazer deslanchar o negócio da Brasil Kirin, dona de marcas como Schin e Devassa. Para isso, a companhia poderia transformar a operação brasileira em uma joint venture.
Possíveis negócios
Segundo o jornal, a Anheuser-Busch InBev, que por meio da Ambev controla 70% do mercado de cerveja no Brasil, e o Grupo Petrópolis também teriam sido procurados para negociação. De acordo a publicação japonesa, as empresas vão discutir um acordo de cooperação para produção e distribuição de cerveja, além de compra conjunta de matérias-primas para reduzir custos. A Kirin também considera a venda de uma participação na Brasil Kirin para solidificar a parceria.
Procurada, a Heineken informou que não comenta especulações de mercado. A Ambev informou que não vai se pronunciar sobre o assunto. O Grupo Petrópolis, por sua vez, negou a negociação. “Não existe nenhum interesse na aquisição de qualquer empresa de bebidas no mercado brasileira pois o crescimento [do Grupo Petrópolis] é sustentável a partir de seus próprios ativos”, declarou em nota.
Nos últimos meses, circularam informações no mercado de que a Brasil Kirin estaria negociando a venda de ativos para a Heineken, como parte dos seus planos de reduzir custos e economizar R$ 200 milhões neste ano. As conversas, no entanto, foram negadas pelas duas empresas. A companhia vendeu em abril uma fábrica de refrigerantes e cerveja instalada no Rio para a concorrente Ambev.
No primeiro semestre, a Brasil Kirin reportou prejuízo operacional de 7 bilhões de ienes (R$ 225,2 milhões), ante perdas de 600 milhões de ienes no mesmo intervalo de 2015. A receita recuou 21% no período, chegando a 50,7 bilhões de ienes (R$ 1,63 bilhão).
A companhia informou que teve crescimento no volume de vendas no Brasil, mas devido à apreciação do iene em relação ao real, o desempenho em valor apresentou queda. Para o ano, a companhia projeta queda de 21,3% na receita da Brasil Kirin, para 112,9 bilhões de ienes. Em relação ao desempenho operacional, a previsão é de prejuízo de 8,9 bilhões de ienes, ante uma perda de 11,7 bilhões de ienes no ano passado.
Supermercado Moderno
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