Friday, June 17, 2016

Burger King no Brasil vão usar produto da Heinz

A integração entre negócios e marcas controladas pelo investidor brasileiro Jorge Paulo Lemann ainda é irrelevante no país, aos olhos do consumidor, mesmo com o seu acelerado movimento de compras de operações pelo mundo. Lemann e seus sócios, Marcel Telles e Beto Sicupira, além da empresa de bebidas AB InBev, são sócios do Burger King, da cafeteria Tim Hortons e das indústrias Kraft e Heinz - operações com vendas anuais totais de US$ 80 bilhões.
Desde que o desenho do megaconglomerado de consumo ficou mais claro, as expectativas de analistas se voltaram para a sinergia de marcas e produtos - com possível uso de insumos da Kraft Heinz (dona da Quero) nos restaurantes do Burger King ou na integração de futuras lojas ou produtos da rede de bebidas quentes Tim Hortons com a rede de fast-food.
Amanhã, uma pequena sinalização de que alguma sinergia pode avançar no país ficará mais clara. O Burger King anunciará que deve oferecer aos clientes, ainda este mês, o catchup Heinz em sachês. Nos EUA, a rede já usa o catchup da marca. O Burger King, com R$ 1 bilhão em vendas brutas no Brasil (cresceu 46% em 2015) tem cerca de 530 lojas, onde são oferecidas 10 milhões de unidades de sachês de catchup por mês.
A lista de produtos da Heinz é bem maior - inclui mostarda, maionese e outros molhos -, mas as lojas por aqui não oferecerão as outras linhas agora. Para ser disponibilizado nas lojas, especialistas dizem que o ideal é que o produto tenha escala maior, o que barateia o seu custo. É o caso do catchup, produzido em Goiás.
"O público que atende as empresas é muito similar, os produtos se complementam e, dessa forma, nos fortalecemos no Brasil, mercado estratégico para as duas empresas", diz Isabella Rizzo, gerente de marketing da KraftHeinz Brasil.
Até agora, a integração do conglomerado de Lemann no país se limitou à venda, no Burger King, de bebidas produzidas ou distribuídas pela AB InBev, como Guaraná Antarctica, H2O e Pepsi.
Este ano, o Burger King informou nos EUA que venderia cachorro-quente, a maior mudança no menu desde 1979. No Brasil, a hipótese não está descartada, mas não há previsão de início.
Valor Econômico
Related products
See this news in: english espanhol
Other news
DATAMARK LTDA. © Copyright 1998-2024 ®All rights reserved.Av. Brig. Faria Lima,1993 third floor 01452-001 São Paulo/SP