segunda-feira, 22 de abril, 2019

Grupo Selina investirá US$ 60 mi no Brasil

Fundado no Panamá, o grupo hoteleiro Selina pretende acelerar o movimento de expansão de unidades no Brasil. Nos próximos cinco anos, a rede quer realizar investimentos na ordem de US$ 60 milhões – sobretudo na abertura de operações em cidades com grande fluxo de executivos e também turistas jovens. “O movimento de expansão na América Latina vem sendo algo orgânico, uma vez que elaboramos uma proposta de hospedagem que atendem desde grupos de jovens em viagens turísticas até empresários mais velhos”, disse diretor de expansão da rede, Daniel Hermann. De acordo com o executivo, atualmente, a rede conta com 700 camas no Brasil. Até o ano de 2022, a expectativa é que esse número chega entre 8 mil a 10 mil leitos. “Consideramos o mercado brasileiro de turismo com muito potencial de crescimento. Nosso plano de expansão está começando em cidades do Rio de Janeiro e também na abertura de unidades na cidade de São Paulo”, argumentou o executivo, destacando que as unidades também devem contar com a possibilidade do executivo alugar escritórios nessas unidades de hotéis. Atualmente, a taxa média de ocupação da rede está em 70%. Para ele, o modelo de hospedagem tem sido visto de forma “muito positiva” pelos clientes brasileiros, uma vez que – dependendo da localização da unidade – existe a adequação dos serviços hoteleiros da operação. “Uma das nossas estratégias é justamente a adaptação do mix de opções de quarto no hotel, mas também no portfólio de serviços prestados aos hóspedes, como por exemplo oferecer programas conectados com o que a região dispõe”, afirmou ele. De acordo com o executivo, a proposta é oferecer opções de hospedagem que variem desde US$ 15 a US$ 100 por noite. Questionado sobre os principais desafios e diferenças entre operar no Brasil e os outros países, Hermann afirma que há grande esforço em tentar equilibrar o “padrão” da rede com os ajustes regionais e logística das parcerias locais. “O Brasil é um dos nossos maiores mercados e o público varia muito conforme a região. Por exemplo, em São Paulo, vamos ver um foco maior em condo-hotéis. Já em Florianópolis, a proposta é voltada para o surfe”, argumentou Hermann. Para o sócio-diretor da consultoria empresarial ba}Stockler, Luis Henrique Stockler, há relativamente pouca oferta de rede hoteleiras com essa proposta no Brasil. “A rede de hotéis Ibis, por exemplo, tem um custo muito reduzido para o hóspede, mas em compensação não oferece tanto serviços desse tipo para o cliente”, afirmou Stockler. Além disso, para o especialista, o tíquete médio dos turistas jovens geralmente costuma ser baixa, mas o gasto dos executivos acaba compensando essa diferença. “O público mais jovem costuma usar mais essa categoria de hospedagem nos finais de semana ou em períodos mais reduzidos, como feriados. Já os executivos, devem ocupar durante os dias da semana essas unidades”, explicou Stockler. Por fim, de acordo com ele, a rede tem vantagem competitiva com essa proposta flexível em termos de sazonalidade da região. “É muito importante que a unidade se ambiente e se prepare com o entorno do local para atender tanto esse público jovem como também os executivos durante a semana”, concluiu Stockler.
DCI - 18/04/2019
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