Terminais de autoatendimento estão em alta no varejo brasileiro

Há pelo menos duas décadas, os self checkouts têm sido apontados, em diversos momentos, como tendência para os supermercados brasileiros. Na prática, porém, os caixas de autoatendimento, bastante comuns nas redes varejistas dos EUA e da Europa, nunca decolaram totalmente nas lojas do setor no Brasil. Agora, a história pode ser diferente. Por muito tempo, a grande referência de atendimento sem ajuda de funcionários no Brasil era, exclusivamente, a dos caixas eletrônicos de bancos. Hoje a prática é cada vez mais comum em outros segmentos. Está presente, por exemplo, nas sempre lotadas lanchonetes de fast food. No McDonald`s, clientes podem fazer pedidos e pagar a conta diretamente nos terminais sensíveis ao toque desde o ano passado. A iniciativa faz parte de um plano de modernização das lojas no qual foi investido R$ 1,25 bilhão. Na rede de lanchonetes Bob's, o autoatendimento foi implantado em 2014. A meta inicial era levar modernização a todas as unidades até 2020, mas com os resultados positivos, o prazo foi antecipado para 2019. Investimentos assim ajudam a quebrar a barreira que muita gente ainda tem de usar o autoatendimento. Indiretamente, os supermercados podem ser beneficiados. Desde a metade do ano passado, o Carrefour disponibiliza o self checkout em sua unidade conceito, na zona oeste paulistana. As máquinas são limitadas para compra de poucos itens e uma balança tecnológica indica se o que o consumidor pagou bate com o que ele está levando. Quase 9% das vendas da unidade passam pelos self checkouts e, até agora, não houve problemas com furtos. Segundo Paula Cardoso, diretora-executiva de clientes, serviços e transformação digital do Carrefour Brasil, o objetivo é entender a experiência do consumidor e as necessidades de infraestrutura. O passo seguinte será planejar a expansão para outras lojas da rede.