Freudenberg ajusta estratégia e projeta expansão para 2017

São Paulo - A Freudenberg, que atua principalmente no setor automotivo no Brasil, está realinhando a sua estratégia para continuar crescendo. Em 2017, o grupo alemão projeta crescer de 1% a 3% no País com a entrada em novos negócios.
"Nossas soluções são customizadas. Vamos oferecer produtos novos aos nossos clientes e reduzir a exposição diante da crise", afirmou ao DCI o representante regional do grupo para América do Sul, Alexandre Bicalho.
A Freudenberg - com sete fábricas no Brasil - reportou alta de 7,5% do faturamento no ano passado, mesmo com a profunda crise do setor automotivo. "Fizemos uma importante aquisição em 2016 e diversificamos nossa atuação de mercado", diz o executivo.
Além do segmento automotivo, o grupo fabrica componentes e produtos para atender energias renováveis, indústria em geral, saúde, setor alimentício e têxtil.
A carteira ativa do grupo gira em torno de 5,5 mil clientes e, segundo Bicalho, a Freudenberg tem conseguido administrar o aumento de custos no País e a variação cambial.
"Temos uma relação de forte parceria com fornecedores e clientes e por isso se torna tão importante negociar os custos e a variação cambial."
Investimentos
Em 2017, o grupo prevê investimentos de R$ 27 milhões na América do Sul. Cerca de 80% desse aporte será destinado ao Brasil. "Alguns dos projetos customizados de nossos clientes demandam bens de capital", conta Bicalho.
Além disso, as exportações ajudam o grupo a reduzir a exposição cambial e aumentar a utilização da capacidade instalada. "Cerca de 10% da nossa produção é destinada aos países da América do Sul."
Bicalho afirma, entretanto, ver o cenário político com cautela. "Apesar disso, já enxergamos sinais de início de recuperação", avalia. Segundo ele, a produção de veículos já está melhorando. "A nossa expectativa é que tenhamos PIB positivo da indústria em 2017."