terça-feira, 10 de outubro, 2017

Vivenda do Camarão emite menos CO² e reduz gastos

São Paulo - Diante da recessão, a rede de alimentação Vivenda do Camarão investiu em atividades que reduzissem custos e se mostrassem sustentáveis. Após destinar R$ 150 mil para a contratação de uma energia renovável ao Centro de Distribuição (CD) e à Central de Produção de Alimentos (CPA), a empresa deixou de emitir 121,7 toneladas de CO².
"Esse interesse surgiu em reuniões da diretoria. Começamos a pesquisar mais sobre a contribuição das empresas para a redução de CO² e descobrimos essa ação de energia 100% limpa. O foco do grupo é reduzir cada vez mais a emissão de poluentes", afirma o gerente de engenharia da Vivenda do Camarão, Rafael Nery.
Com o investimento para seu CD e CPA, ambos localizados em Cotia (SP), a Vivenda do Camarão deixou de emitir 121,7 toneladas de CO² em 2016, algo equivalente a 848,97 árvores plantadas em um projeto de reflorestamento no período de 30 anos. Os dados são da Comerc, que concedeu o Certificado Comerc-Sinerconsult de Energia Renovável à empresa em agosto, referente ao desempenho obtido.
"Descobrimos que grande parte da energia fornecida pela Eletropaulo não dava conta de ser sustentável, por isso passamos a comprar energia do mercado livre; que são empresas que fornecem uma energia 100% renovável. Conseguimos unir o interesse da empresa em garantir uma redução de CO² e também por parte financeira. Conseguimos uma redução de 30% nos custos dessas unidades", conclui Nery.
Mercado livre
Em busca de utilizar uma fonte de energia renovável, a Vivenda do Camarão recorreu ao âmbito de contratação livre. Também chamado de mercado livre, esse modelo permite ao solicitante negociar preços, quantidade, prazos e demais condições de uma forma mais personalizada - no ambiente regulado, por outro lado, o contratante recebe energia das concessionárias de distribuição e pagam a elas tarifas controladas pelo governo.
Responsável pela gestão de aproximadamente 17% da energia comercializada no mercado livre no País, a Comerc Energia surge como um dos principais players desse segmento. Fundada em 2001, a empresa mantém uma parceria com a consultoria de gerenciamento de energia Sinerconsult desde 2011.
"As empresas migram para o mercado livre e passam a consumir energia renovável, onde essas emissões são menores. Vimos que a conscientização pela sustentabilidade está crescente nesses últimos anos. Antigamente, as empresas só queriam saber de preço. Hoje, elas entendem a importância de atrelar um selo sustentável à marca. Esperamos que isso continue crescendo", argumenta o presidente da Comerc, Cristopher Vlavianos.
Relativamente mais barata, a energia renovável pode ser proveniente de fontes alternativas distintas, tais como biomassa, eólica, hidrelétrica, solar, dentre outras. Um dos entraves para a inserção de mais empresas nesse modelo de contratação, no entanto, está ligado à demanda mínima de energia de 500 kW (quilowatt) para ser um 'consumidor especial' e 3.000 kW para ser um 'consumidor livre'.
Renovação
Fora o investimento em energia renovável, as duas unidades da Vivenda do Camarão estão recebendo uma modernização interna. "Iniciamos a substituição de todas as lâmpadas da indústria e do nosso escritório. Vamos trocá-las por lâmpadas de LED. Com isso, teremos uma redução no consumo de energia elétrica na casa de 50% a 70%", complementa Nery. Devido à crise na produção de camarão, afetada pelo vírus da mancha branca, a rede já investiu cerca de R$ 20 milhões no arrendamento de fazendas pelo Nordeste.
DCI - 10/10/2017
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