terça-feira, 05 de julho, 2016

Varejo paulistano caiu 11,1% no semestre, informa ACSP

O Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) indica que o comércio varejista da cidade teve uma queda média de 11,1% no movimento de vendas no primeiro semestre deste ano (-7% nas vendas a prazo e -15,2% nas vendas à vista).
Para se ter uma ideia do quão grave é esse resultado, o primeiro semestre de 2009 - auge da crise financeira internacional - apresentou retração média de 7,7%. Curiosamente, porém, naquele ano, as vendas a prazo recuram 12,6% e as vendas à vista caíram 2,8%).
A inversão no tamanho das quedas a prazo e à vista em 2009 e em 2016 deve-se ao fato de que, naquele ano, a crise atingiu sobretudo o crédito, prejudicando a aquisição de bens duráveis. No primeiro semestre de 2016, contudo, o País passou por uma crise generalizada, resultado também do aumento do desemprego, queda da massa salarial e elevação do dólar.
Junho
Em junho, o movimento de vendas na cidade registrou uma queda média de 1,5% na comparação com o mesmo mês de 2015 - sendo 1,6% a prazo e -4,6% à vista. A alta nas vendas a prazo ocorreu pela procura maior, sobretudo na primeira quinzena, de itens como chuveiros, torneiras elétricas e aquecedores. Além disso, essa é a primeira elevação dos últimos 14 meses nas vendas a prazo.
"Apesar do resultado ruim, percebemos uma melhora no mês de junho, o que é alentador, já que isso pode sinalizar para uma recuperação no segundo semestre. Embora não tenhamos um ano positivo, é bem provável que as quedas se arrefeçam até o fim do ano", diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Por outro lado, é importante ressaltar que este junho teve um dia útil a mais em relação ao de 2015, o que reforça o momento complicado do varejo, uma vez que, se não fosse por esse dia adicional, a queda seria maior.
Já na variação mensal, ou seja, sobre maio desse ano, junho apresentou alta de 0,5% nas vendas a prazo e 0,2% nas vendas à vista (elevação média de 0,35%).
O resultado positivo, mais uma vez, decorre da popularidade dos itens destinados ao frio e, curiosamente, inverte a sazonalidade típica do mês, que tradicionalmente apresenta resultados piores do que maio.
"Em maio, temos o Dia das Mães, a segunda principal data do varejo. É, portanto, um mês forte do setor. Contudo, neste ano, o feriado de Corpus Christi caiu justamente em maio, o que prejudicou um pouco o desempenho do mês. Somando-se a isso o fato de que junho também teve um dia útil a mais do que maio e fortes quedas nas temperaturas, chegamos a esse resultado positivo de junho", explica Burti.
UOL
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