sexta-feira, 01 de julho, 2016

Comida brasileira em caixinha disputa mercado concorrido

Se os consumidores gostam tanto de comida chinesa em caixinha, por que não servir a típica culinária brasileira nesse mesmo tipo de embalagem?
Essa foi a base da criação da rede Brasileirinho Delivery pelos empresários Jhonathan Ferreira e Adriano Massi, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, em 2013. Como tinham experiências anteriores no comércio e em consultorias, eles sabiam que seria um grande desafio lidar com a concorrência. O setor de alimentos é o maior do franchising brasileiro, com uma fatia de 20%. Nesse sentido, a inovação é a chave do sucesso.
"Naquela época, havia uma explosão de redes fast-food, restaurantes mexicanos e japoneses. Então, a ideia foi resgatar a nossa origem, a comida brasileira caseira, e colocá-la em caixinhas de papelão", diz Everton Didone, diretor de expansão da Brasileirinho Delivery. Hoje, a rede conta com 120 franquias, sendo 70 em operação e 50 em fase de montagem. Até dezembro, a expectativa é chegar a 200 unidades.
No ano passado, o faturamento foi de R$ 13,4 milhões, quando tinha 50 estabelecimentos abertos. Em 2016, a meta é atingir R$ 90 milhões em vendas. A expansão tem sido mais intensa nas regiões Sul e Sudeste do país, mas a marca já tem presença em quase todos os Estados, só não está no Acre e no Amapá.
No cardápio há 20 pratos, entre eles o brasileirinho - que leva arroz, feijão, carne bovina, tomate e ovo, além de cebola, alho e cheiro verde. Outro sucesso de vendas é o mexidão, uma combinação de linguiça calabresa, bacon, carne bovina, tomate, palmito, arroz, ovo, alho e cheiro verde. "Continuamos desenvolvendo novos pratos. Estamos lançando linhas de saladas e de pratos vegetarianos", afirma Didone. Os preços são acessíveis. As refeições custam de R$ 12,90 a R$ 19,90, em caixas de 400 gramas ou em formato maior, de 700 gramas, que pode servir duas pessoas.
Hoje, a média diária de vendas das lojas é de 180 caixas ou refeições. O foco está nas entregas expressas, porém, atualmente, 40% das franquias contam também com áreas de restaurante, recepcionando os clientes para alimentação no local.
As plataformas de pedidos on-line de refeições ajudam a impulsionar o negócio. De acordo com Everton Didone, esses sites são eficientes ferramentas de divulgação. "Especialmente os primeiros pedidos saem pela novidade das caixinhas. Os consumidores confirmam a qualidade dos pratos e tornam-se fiéis", comenta.
A rede Brasileirinho Delivery tem orientado os franqueados a firmar parcerias com pequenas e médias empresas. Essa estratégia beneficia os resultados. "Há franquias que chegam a entregar 30 caixas em uma empresa, usando uma única viagem do motoqueiro", diz Didone.
Conforme o diretor, a logística da Brasileirinho Delivery é simples. Cada franquia é responsável pelas compras dos ingredientes, comuns na rotina dos brasileiros e encontrados em mercados locais. As equipes das lojas passam por treinamentos sobre o preparo e a apresentação correta das refeições.
O investimento inicial em uma franquia Brasileirinho Delivery é de R$ 85 mil a R$ 120 mil, incluindo o ponto, a reforma, assim como, os equipamentos.
A cozinha precisa ter no mínimo 25 metros quadrados. São necessários de dois a sete funcionários e as entregas são todas terceirizadas.
Nos planos da Brasileirinho Delivery está a internacionalização. Um investidor do Estado da Flórida, nos Estados Unidos, manifestou interesse em representar a marca. As negociações estão em curso.
Valor Econômico
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