segunda-feira, 01 de fevereiro, 2016

Dólar mais favorável não evita queda nas exportações de medicamentos

Mesmo com a desvalorização do real em relação ao dólar, as exportações de medicamentos tiveram queda de 17% no ano passado comparado a 2014 -passaram de R$ 1,35 bilhão para R$ 1,12 bilhão.Em 2015, as importações desses produtos também tiveram diminuição e atingiram um total de R$ 5,92 bilhões, uma retração de 13,7% ante o ano anterior.
"Uma das fragilidades do Brasil é que o destino das exportações ainda é muito concentrado na Argentina e na Venezuela. A crise nesses países ajudou a derrubar os números", analisa Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma (entidade que representa o setor).
O país ainda vende poucos medicamentos inovadores ao mundo e concorre com o exterior sem ter preços competitivos, segundo Britto.
É um problema de posicionamento no mercado internacional, o país precisa mudar o seu portfólio. A saída mais eficiente ainda é investir em pesquisa e inovação, mas é um movimento complexo, de médio a longo prazo." Para este ano, a entidade avalia que a pressão do dólar valorizado vai continuar a aumentar os custos de produção e impactar o varejo nacional, com possível redução dos descontos oferecidos. "Os números se referem apenas a medicamentos prontos. Há um outro bloco de compras importante, que é o dos insumos farmacêuticos. Esses devem ter resultados bem piores", diz Britto. Hoje, cerca de 86% dos princípios ativos, a matéria-prima para a fabricação de medicamentos, vêm de fora.
Folha de São Paulo - 01/02/2016
Produtos relacionados
Outras noticias
DATAMARK LTDA. © Copyright 1998-2024 ®All rights reserved.Av. Brig. Faria Lima,1993 3º andar 01452-001 São Paulo/SP