Vapza mira em orgânico pronto para consumo

A fabricante de alimentos Vapza decidiu entrar no segmento de alimentos orgânicos prontos para minimizar os impactos da desaceleração da economia. A empresa aposta que a ausência de concorrentes na categoria vai favorecer o posicionamento de preços.
"Queremos nos posicionar como um produto pioneiro, de alta praticidade, porque com um produto exclusivo conseguimos driblar melhor esse cenário mais difícil", avalia o diretor executivo da Vapza, Enrico Milani.
Segundo ele, a linha de produtos orgânicos é a principal aposta da empresa para o ano, considerando que o mercado de orgânicos cresce cerca de 40%.
"Não temos um dado específico da nossa categoria de orgânicos prontos para consumo, porque ela é nova. Mas a partir do contato com os varejistas, identificamos que a recepção aos produtos tem sido muito positiva", diz.
A nova linha da fabricante chega este mês ao varejo, em um momento no qual os clientes da Vapza estão negociando mais e trabalhando para reduzir estoques, destaca Milani. Para ele, a ampliação dos canais de distribuição e a entrada em novos mercados podem ajudar a alavancar as vendas.
Investimento
"Investimos bastante na fábrica, adquirindo novas máquinas e também em ações de mídia", lembra ele. A estratégia da Vapza inclui divulgar a linha de produtos em todo o País para atrair clientes.
Hoje, a marca está presente em todas as regiões, mas tem participação mais expressiva no Sul e Sudeste. "Para crescer este ano estamos apostando no Centro-Oeste e Nordeste."
No ano passado, o faturamento da fabricante paranaense cresceu 15%. Em volume, a expansão ficou abaixo desse patamar. Este ano, a expectativa é ampliar em 27% o faturamento, mas o volume não deve acompanhar o ritmo.
"No primeiro trimestre crescemos pouco em relação ao ano passado, mas para este trimestre esperamos uma melhora nas vendas com o lançamento da nova linha e as novas embalagens", afirma Milani.
A reformulação das embalagens faz parte da estratégia da empresa para impulsionar as vendas e agregar valor à marca. "Queremos reposicionar o produto, porque hoje a marca está posicionada na área de hortaliças dos mercados. Relacionando a marca à área de produtos naturais, vamos conseguir transmitir melhor o benefício de praticidade, mostrando o valor agregado dos produtos", explica o executivo.
Embora tenha como proposta trabalhar com produtos de valor agregado, a Vapza tem procurado alternativas para não reajustar os preços.
Milani explica que tem negociado bastante com os fornecedores, mas admite que o reajuste é inevitável. Nesses casos, a ausência de concorrentes diretos ajuda a garantir as vendas. "Mesmo assim não deixamos de observar a concorrência com as fabricantes de pratos prontos", pondera.