sexta-feira, 26 de junho, 2015

Eurofarma fecha parceria com a coreana Dong-A

Um dos maiores laboratórios nacionais e terceira no ranking da indústria de genéricos do Brasil, a Eurofarma deu mais um passo em seu plano de internacionalização e consolidação como farmacêutica regional, por meio de uma parceria com o laboratório sul-coreano Dong-A.
Com presença em 15 países e exportações para 20 mercados, a companhia brasileira tem imprimido ritmo acelerado à compra de ativos, sobretudo na América Latina, e à assinatura de acordos internacionais que incluem transferência de tecnologia.
Desta vez, ao mesmo tempo em que lançou no país um medicamento para tratamento de disfunção erétil desenvolvida pela Dong-A, a Eurofarma estendeu acordo de co-desenvolvimento e comercialização da droga evogliptina, usada em pacientes com diabetes, firmado também com o laboratório sul-coreano e originalmente válido para o mercado brasileiro, para mais 17 países da América Latina.
"Há discussões com a Dong-A relativas a mais medicamentos. Essa é uma parceria que deve durar muito tempo", disse ao a vice-presidente de pesquisa e inovação da companhia, Martha Penna. Resultados preliminares do estudo com a evogliptina comprovaram a eficácia da nova molécula, segundo a Eurofarma, que fará a fase 3 da pesquisa no país. A expectativa é a de que a droga esteja disponível no Brasil em 2021.
Desde 2009, quando comprou a argentina Quesada, a Eurofarma fechou a aquisição de uma série de farmacêuticas e operações fabris no Uruguai, Bolívia, Chile, Venezuela e Colômbia, entre outros países da região. Como resultado da investida, a brasileira atingiu, em 2014, cobertura de 78,4% do mercado latino-americano, segundo dados do IMS Health. E, até o fim deste ano, a Eurofarma pretende chegar a 90% da região, cujo mercado farmacêutico movimentou US$ 71 bilhões no ano passado.
A parceria com a Dong-A também representa mais um da série de acordos firmados pela farmacêutica brasileira em desenvolvimento na área de inovação radical, que envolve a pesquisa de moléculas novas, com transferência de tecnologia para produção local.
De acordo com Martha, a nova droga, da classe dos inibidores DPP4, traz avanços no sentido de apresentar pequena interação com outros medicamentos habitualmente usados por pacientes com diabetes e de dispensar o ajuste de dose naqueles que apresentam insuficiência renal, o que deve ser comprovado na fase 3 que terá início no país ainda em 2015.
No ano passado, a Eurofarma faturou R$ 2,6 bilhões e registrou alta de 17,4% nas exportações. A Costa Rica foi o principal destino de exportação da empresa, com destaque também para Paraguai, Vietnã, Chile, Equador e Panamá. Nessa conta não estão incluídos os embarques para atender as operações internacionais, que em 2014 representaram 10,1% dos negócios da companhia.
Valor Economico
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