Chery anuncia novo aporte no País

A chinesa Chery confirmou um investimento adicional de US$ 300 milhões no Brasil para instalar um polo industrial em Jacareí (SP). O montante virá de 25 empresas da cadeia (incluindo a montadora), que irão se instalar no entorno da fábrica do Vale do Paraíba.
Chery explica, em nota, que 12 empresas são fabricantes de autopeças, cinco afiliadas, duas sistemistas, duas de logística e três de serviços em geral. A Chery já havia investido US$ 400 milhões na obra da fábrica.
"Quando anunciamos a construção da fábrica de Jacareí, em julho de 2011, já sabíamos da intenção da Chery em contar com este parque de fornecedores", afirmou em nota o vice-presidente da Chery Brasil, Luís Curi.
De acordo com o executivo, a montadora está trabalhando em parceria com o banco de fomento paulista Investe São Paulo - que deve prestar assessoria gratuita aos interessados - e com a Prefeitura de Jacareí para viabilizar o projeto mais rapidamente.
"A estimativa é que em dois anos o complexo esteja operando normalmente", acrescentou Curi. A oficialização do polo industrial ocorre cerca de nove meses depois de a montadora inaugurar a primeira fábrica no País, com capacidade para 100 mil unidades anuais.
De acordo com a montadora, o parque de fornecedores deve gerar em torno de cinco mil postos de trabalho.
Planta no Uruguai
A Chery Socma, joint venture que produzia carros da marca no Uruguai, anunciou nesta terça-feira (20) sua saída do país latino pela impossibilidade de concretizar exportações para o Brasil e Argentina e diante da demora de um negócio com a Venezuela, disse o diretor nacional do Trabalho do país, Juan Castillo.
A montadora estava inativa desde outubro do ano passado, quando terminou de pagar o seguro desemprego a seus 250 trabalhadores fixos. A empresa gerava mil empregos indiretos.
"O desfecho era previsível devido à situação da região", disse Castillo à Reuters.
"A empresa manifestou a impossibilidade de colocar um único automóvel na Argentina, a condição desfavorável com a desvalorização cambial do Brasil e a demora de um negócio com a Venezuela, em que havia expectativas", acrescentou o funcionário.
Representantes da empresa no Uruguai se negaram a fazer declarações à Reuters. Segundo Castillo, a montadora alega que o prejuízo da operação chegava a um resultado negativo mensal de US$ 600 mil.
"Apesar de tudo, a empresa nos manifestou também que não vai desmontar a unidade, esperando uma mudança favorável na região nos próximos meses", destacou Castillo.