quinta-feira, 19 de março, 2015

Alimentos funcionais devem movimentar US$ 14 bilhões

Com a perspectiva de faturar US$ 14 bilhões ao longo deste ano, só no Brasil, empresários começam a apostar na venda de alimentos e bebidas funcionais como forma de se diferenciar perante concorrentes como as redes de fast-foods.

Segundo o Euromonitor Internacional, esse segmento deve crescer 8% nos próximos cinco anos e as marcas começam a expandir seus negócios como franquias e máquinas automáticas de vendas (vending machine). "Em 2013, quando buscava uma alimentação saudável, me deparei com a falta de doces funcionais e que não fossem industrializados", disse a fundadora da marca Fit Cookies, Graziele Zonta ao DCI.

A curitibana criou então uma linha de doces - sem lactose e glúten - que passou a vender com a ajuda das redes sociais. "Com a divulgação nas redes sociais dos produtos e os pedidos por meio do Instagram e Facebook, vislumbrei a necessidade de colocar um ponto de venda, o que aconteceu 15 dias depois das primeiras divulgações e, para nossa surpresa, vendemos tudo", como afirmou Graziele.

Diversificação
Além das redes sociais, lojas de Curitiba começaram a procurar a empresária que passou a vender no atacado, para essas varejistas. "Para dar conta da demanda investi R$ 5 mil na compra de utensílios e de um freezer. Com a propagação da novidade, 30 dias depois passamos a vender on-line também", disse Graziele. E acrescenta: "Com a abertura da loja virtual e com o volume de pedidos já iniciamos a busca de um ponto para que pudéssemos abrir uma cozinha industrial. Dois meses depois, com capital de R$ 35 mil, abrimos nossa loja física com o lucro do negócio".

Hoje, a Fit Cookies está presente em 90 pontos de venda pelo País. "Após isso, abrimos a primeira franquia da marca em São Paulo", explicou. A meta da empresária é ter outras 40 unidades franqueadas. "Estudamos também unidades no exterior. No mercado norte-americano já temos interessados e uma unidade no México está sendo estudada."

Para a ex-atleta Luciana Rocha, a iniciativa de criar dietas funcionais a seus alunos (ela virou personal trainer) fez surgir um negócio bem mais rentável. "Além dos meus alunos, os amigos e outras pessoas passaram a procurar pelos "kits dieta" que criei", disse a empresária e fundadora da Well Be, Luciana Rocha.

Após estudar bioquímica e ir para Nova York e para Portugal criar um plano de negócio viável, em 2008 a empresária registrou a marca Well Be. "Investi R$ 140 mil em reforma, maquinário e demais processos de abertura de uma empresa", explicou Luciana. Em cinco anos de operação, além dos kits, Luciana apostou no serviço de bufê para eventos corporativos. "Hoje ele é o nosso carro-chefe", disse.

Mundo corporativo
A atender empresas como a Nextel, Terra, entre tantas outras, a empresária afirma que o crescimento no interesse por alimentos funcionais tem números estratosféricos. "O interesse por alimentos e bebidas funcionais cresce 200% ao ano no Brasil. Mesmo com a maioria dos meus clientes querendo cortar custos, eles não abrem mão de nos contratar para eventos e demais ações", disse a empresária.

Máquinas automáticas
Sem a perspectiva de abrir um restaurante, pois "não dá retorno só trabalho", Luciana aposta agora em food machines, de produção nacional, para versatilizar sua marca. "Atuando no corporativo percebi a falta de opções funcionais em escritórios e grandes sedes", argumentou ela. Com a meta de ter 10 vending machines, a empresária já negocia a instalação dos primeiros equipamentos. "Temos reunião no Itaú BBA, na universidade Mackenzie, em academias e em dois salões", explicou ela.

Uma máquina experimental está em funcionamento em São Paulo. "Com ela estamos testando a venda de barrinhas de cereal, sucos verdes, maçãs entre outros itens", concluiu.
DCI
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