quarta-feira, 20 de agosto, 2014

Produção física de embalagem tem queda no primeiro semestre de 2014

A Associação Brasileira de Embalagem (Abre), anunciou os resultados do Estudo Macroeconômico da Embalagem “Desempenho da Indústria de Embalagens: fechamento do primeiro semestre de 2014 e as perspectivas para o segundo”.
O estudo, divulgado pela Abre há 16 anos e coordenado pelo economista Salomão Quadros, Coordenador de Análises Econômicas do Ibre/FGV (Fundação Getúlio Vargas), revela que as perspectivas para o valor da produção do setor para 2014 são da ordem de R$ 56 bilhões, comparados aos R$ 51,8 bilhões gerados pela indústria em 2013.
Entre os dados revelados no estudo, está também o índice de desempenho da produção física de embalagem, que no primeiro semestre de 2014 variou negativamente em 0,73% em relação ao mesmo período de 2013. Esta queda está mais concentrada no segundo trimestre, quando a produção recuou em dois dos três meses.
Das cinco classes de materiais pertencentes ao setor de embalagens, apenas a metálica apresentou saldo positivo: crescimento de 5,92% no semestre. As outras quatro apresentaram taxas negativas: papel (-1,99%); plástico (-1,39%), vidro (-1,17%) e madeira (-22,44%).
O nível de emprego da indústria de embalagem atingiu 230.909 postos de trabalho, um acréscimo de 719 postos, em relação a junho de 2013. Para Salomão Quadros, coordenador do estudo, “a taxa de crescimento do emprego, que iniciou o ano passado em torno de 2%, vem recuando desde então”, afirma o economista.
A indústria do plástico é a que continua empregando mais: 52,72% do total de empregados, segundo dados avaliados até o fim do primeiro semestre.
“Em uma comparação, sem distinção por tipo de material, entre os desempenhos dos primeiros semestres, em 2013 em relação a 2012, o crescimento havia sido de 6,57%. Já entre no primeiro semestre de 2014, em relação ao primeiro de 2013, a variação é negativa, da ordem de -4,11%, um recuo considerável”, avalia Salomão.
Para esse ano, o cenário mais provável para o setor de embalagem é de estabilidade. Caso a modesta recuperação esperada para o segundo semestre, implícita neste cenário, não se materialize, a produção física de embalagem poderia recuar 0,7%. “Os dados não revelam uma situação muito animadora ou otimista. Porém, temos que nos lembrar de que a indústria de embalagem é um retrato fiel e real da situação econômica do país. Todos sabem que a indústria, de uma maneira geral, vem sofrendo bastante nos últimos meses”, declara Quadros.
Na visão de Gisela Schulzinger, presidente da Abre, o cenário é de atenção. “Realizamos este estudo como uma maneira de nos abastecer de informações confiáveis sobre o desempenho de nosso setor. É com base nessas informações que orientamos nossos associados”, afirma.
Para a presidente da Abre, há que se buscar alternativas para driblar cenários mais áridos. “Temos que procurar soluções criativas, propor formas inovadoras para contornar situações adversas.” “A Abre estará sempre pronta para receber propostas e ao mesmo tempo estimular ações nesse sentido; este é o nosso papel”, declara Gisela.
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