quarta-feira, 13 de agosto, 2014

Para Cielo, fim de reserva de mercado terá impacto restrito

A credenciadora de cartões Cielo afirmou ontem que o fim da reserva de mercado que detém para capturar as bandeiras Elo e American Express e os vales alimentação e refeição da Alelo terá impacto negativo "pouco significativo". Os efeitos devem se concentrar sobre as receitas que a companhia tem com aluguel de máquinas de captura de transação para lojistas, afirmou ontem o residente da companhia, Rômulo de Mello Dias, em encontro com analistas.
A Cielo espera que até o começo de 2015 as reservas de mercado acabem. Da mesma maneira que a Cielo é a única é capturar Elo, Amex e Alelo, sua rival, a Rede (ex-Redecard), detém o monopólio das marcas Hiper e Hipercard e dos vales da Ticket.
"Com a abertura, vou ter oportunidades de capturar os cartões Banricompras [bandeira criada pelo Banrisul ], no Rio Grande do Sul, e Hipercard, no Nordeste."
No encontro com investidores realizado ontem, Dias também comentou que, caso o projeto que permite cobrança de preços diferentes em cartões e dinheiro seja aprovado, os efeitos sobre as receitas da companhia devem ser ainda menores que os do fim das reservas de mercado. Na semana passada, o Senado aprovou um projeto que libera a diferenciação de preços e a questão segue para análise da Câmara dos Deputados.
Para justificar a análise, Dias argumentou que, no comércio eletrônico, 90% das transações são pagas em cartão de crédito. Apenas 9% são pagas via boleto, em que o consumidor tem um desconto. E que, segundo pesquisa feita pelo Banco Central (BC) em 2009, cerca de 33% dos lojistas entrevistados já cobravam preços diferenciados entre cartão e dinheiro. Ou seja, na prática, os lojistas já diferenciam os preços entre modalidades de pagamento.
Valor Econômico - 13/08/2014
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