sexta-feira, 01 de agosto, 2014

Magazine Luiza tem queda de 51% no lucro

Segundo maior grupo de varejo eletroeletrônico do país, o Magazine Luiza encerrou o segundo trimestre com lucro líquido 51,3% menor que o apurado em 2013. A queda reflete, porém, uma base de comparação afetada por fatores não operacionais. Houve a venda de participação de um centro de distribuição no ano passado, que ampliou o lucro de abril a junho de 2013 em R$ 43 milhões, o que explica a queda neste ano.
Ao se descontar esse efeito, o lucro do magazine cresceu 130,6%, para R$ 26,6 milhões. "Continua sendo um ano desafiador, mas estamos batendo as metas. Em julho, a meta [de vendas] proposta foi alcançada [...]. Estamos trabalhando para manter margem bruta em patamares normais, na faixa de 28% no terceiro e quarto trimestres, e sem perder ritmo de vendas", disse Marcelo Silva, diretor superintendente. De abril a junho de 2014, a margem bruta foi de 27,1% versus 28,2% em 2013, efeito da maior venda de televisores no período.
A receita líquida de abril a junho teve alta de 28,5%, para R$ 2,34 bilhões. As vendas brutas "mesmas lojas" (pontos em operação há mais de um ano) se expandiram 24,5%, incluindo o site (em lojas físicas cresceram 21,3%), taxa considerada alta para esse critério - no setor, as vendas "mesmas lojas" têm ficado na faixa de um dígito.
As despesas com vendas totalizaram R$ 415,8 milhões, equivalentes a 17,7% da receita líquida, uma redução de 1,5 ponto. As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 106,2 milhões, equivalentes a 4,5% da receita líquida (0,2 ponto menor que em 2013).
O Magazine Luiza passou por um processo de reestruturação entre 2011 e 2012, após aquisição das redes do Baú e Maia e um período de pressões maiores na inadimplência. Medidas foram tomadas para reduzir despesas, aumentar eficiência e ampliar ganhos de sinergia no grupo, com a intenção de reverter resultados negativos.
A empresa encerrou junho com 736 pontos, sendo 628 lojas físicas e 107 lojas virtuais (pontos com terminais de acesso ao site). No segundo trimestre, inaugurou duas lojas e prevê abrir 21 até dezembro. A empresa informou que, "como parte do processo de aumento de produtividade e racionalização de custos e despesas", foram fechadas dez lojas por causa de sobreposição com outros pontos.
A Luizacred, braço de financiamento ao cliente, teve queda de 5,5% na base de cartões em junho. Houve alta de 17,8% no valor da carteira de crédito. A empresa ressaltou ainda que "dando continuidade às práticas conservadoras, a Luizacred manteve reduzidas as taxas de aprovação das propostas de financiamentos no segundo trimestre". O Itaú Unibanco define as políticas de crédito da empresa.
Valor Econômico - 01/08/2014
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